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CDTN comemora o desenvolvimento de mais um Radiofármaco: a Fluorcolina

A Fluorcolina (18F), radiofármaco desenvolvido pela Unidade de Pesquisa de Produção de Radiofármaco (UPPR) do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) em Belo Horizonte, foi usada com sucesso, no fim de setembro, em pacientes submetidos a exames pelo Centro de Imagem Molecular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O feito, inédito no País, é resultado de um trabalho iniciado há dois anos e representa uma nova e grande esperança para a medicina e para pacientes com câncer, principalmente, o de próstata. Seu uso permite diagnósticos precoces e mais precisos possibilitando tratamentos mais eficazes visando a cura da doença.

Essa substância, que tem atividade radioativa por até 6 horas, é injetada no corpo do paciente para permitir que seja feito o estudo de contraste, em um Tomógrafo de Emissão de Pósitrons (PET-scan). Com foco na região da próstata, o exame identifica, nos mínimos detalhes, qualquer indício de câncer e o estágio preciso da doença. Com isso é possível analisar a necessidade de intervenção, de sua retirada e a extensão necessária do tratamento, aumentando significativamente a expectativa de vida destes pacientes.

O pesquisador do CDTN que acompanhou os exames, Carlos Malamut, disse que a Fluorcolina foi captada pelo organismo conforme descrito nas pesquisas e que as imagens geradas foram de excelente qualidade. Para Malamut este é um marco histórico para o CDTN, que passa de um patamar de produtor exclusivo de FDG para desenvolvedor de radiofármacos. O desenvolvimento do 18F “tipifica exatamente o que é chamado de pesquisa translacional: começamos no laboratório e terminamos no paciente”, explica o pesquisador. A previsão é que o novo radiofármaco esteja disponível no mercado nos próximos quatro anos.

FONTE: CNEN
http://www.cnen.gov.br/

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