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I Congresso Científico da SES promove troca de experiências na área de saúde

Durante o encontro, profissionais do Hospital Estadual Albert Schweitzer receberam homenagem de crianças da Escola Tasso da Silveira, que foram atendidas na unidade após tragédia de abril de 2011

O I Congresso Científico da Secretaria de Estado de Saúde (SES) foi marcado pela troca de experiência entre profissionais de saúde dos hospitais, UPAs e demais unidades da SES, por meio da apresentação de trabalhos científicos e exposição de experiências bem sucedidas, programas e serviços de referência das 74 unidades da secretaria. Em seu discurso de abertura do evento, que aconteceu neste sábado, dia 24 de março, o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes, destacou o trabalho dos 35 mil profissionais de saúde que se dedicam a cuidar da população do estado do Rio de Janeiro. 

– Somos o estado que mais tem unidades próprias de saúde, que prestam desde o atendimento primário, como é o caso das UPAs, até alta complexidade. Sinto orgulho de poder dizer que a população do Rio de Janeiro dispõe de serviços de ponta como o SOS Reimplante, o Programa de Cirurgia Bariátrica e os tomógrafos e ressonância móveis. O objetivo deste congresso é criar espaço para que os profissionais mostrem a qualidade do que juntos estamos fazendo pela saúde das pessoas e trocar experiências. Gostaria de agradecer a dedicação de todos – afirmou o secretário Sérgio Côrtes. 

Ao todo, foram realizadas 112 palestras, com temas como atendimentos e procedimentos de emergência, gestão, crack, condutas em baleados e o impacto da Lei Seca na saúde, cirurgias bariátricas, programa SOS Reimplante, dengue, transplantes, regulação, atendimento ao politraumatizado, condutas em UTIs e saúde coletiva.

O neurocirurgião Paulo Niemeyer e o diretor do Hospital Sírio Libanês, Gonzalo Vencina Neto, foram alguns dos participantes de destaque. Envolvido em um dos principais novos projetos da SES, o Hospital Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, o médico falou sobre a importância do estado ter um serviço de referência em neurocirurgia, já que existe uma grande demanda de pacientes que precisam deste tipo de atendimento, que hoje só está disponível na rede privada ou em poucos unidades da rede pública de saúde. O hospital não só contará com equipamentos de ponta como terá os melhores profissionais da área e servirá como espaço para formação de novos médicos.

Já Gonzalo Vencina Neto, que foi um dos criadores da Anvisa e ex-secretário de Saúde de São Paulo, ministrou uma palestra que teve como tema O Futuro da Saúde Pública no Brasil. Com mais de 30 anos de experiência, ele  destacou os desafios da área e indicou caminhos para tornar o acesso à  saúde mais amplo à população. 

Temas em destaque – Em uma das palestras, a subsecretária de Unidades Próprias, Ana Lucia Eiras, falou sobre os novos conceitos sobre trauma no estado. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2010, 5,8 milhões de pessoas morreram no mundo vítimas de trauma, sendo mais de 141mil no Brasil, segundo o DataSus, o que representa a terceira maior causa de morte no país. Com base nisso, Ana Lucia destacou o investimento que Secretaria de Estado de Saúde vem fazendo no sentido de estruturar a sua rede de atendimento para este tipo de caso.

A coordenadora da Comissão de Infecção Pré-Hospitalar das UPAs,  Sibelle Nogueira, falou sobre o número de atendimentos por dengue em UPAs, fazendo um paralelo entre os casos de 2011 e 2012. A palestrante apresentou as ações de combate à dengue criadas pela SES para enfrentar a esperada epidemia anunciada para este ano, com o intuito de diminuir a mortalidade pela doença. Entre as ações de destaque estão a capacitação de profissionais de saúde em serviço, promovido pela Subsecretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, a criação de uma aba específica para dengue dentro do sistema clínico, que é o prontuário eletrônico utilizado nas UPAs que orienta o atendimento médico.

Outro tema discutido foi a violência sexual contra a mulher. A enfermeira e coordenadora do ambulatório e da internação referenciada do Hospital da Mulher Heloneida Studart (HMHS), Gilma Perse, falou em sua palestra sobre o trabalho do Programa SOS, que funciona na unidade desde a sua inauguração, há dois anos. As estatísticas de violência doméstica e sexual contra mulheres apresentadas foram divididas por raça, escolaridade e idade, já que foram observadas diferenças entre padrões. O trabalho do HMHS é focado na multidisciplinaridade, cuja equipe conta com psicólogo, assistente social, enfermeiro e médico. O enfoque principal da palestra foi sensibilizar os profissionais que prestam o primeiro atendimento nas unidades para identificar se a paciente foi vítima de violência.

Já a enfermeira Maria Fernanda Barros Lima, especialista em gestão em saúde e controle de infecção pelo INESP, fez uma apresentação com o tema “Controle da Infecção Cirúrgica no Hospital de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu.” Ela falou sobre as medidas de controle de infecções hospitalares (higienização das mãos e uso correto de avental e luvas, profilaxia em cirurgias e banho pré-operatório); acompanhamento das infecções em ambulatório de infectologia; implantação de protocolo de tratamento de infecções, mostrando a correta aplicação de medicamentos; treinamentos e visitas técnicas e apresentação de relatórios mensais e análises trimestrais com taxas de infecção subdivididas em global, cirúrgica, UTI e densidade de utilização.

Homenagem – Os profissionais do Hospital Estadual Albert Schweitzer que participaram do atendimento e tratamento das vítimas da chacina de Realengo no ano passado foram homenageados durante um dos painéis.

Estandes – O Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro realizou mais de 200 testes de colesterol e glicemia entre os participantes. Já o Rio Sem Fumo, a campanha 10 Minutos Contra Dengue e Lei Seca ganharam um espaço próprio no congresso para tirar dúvidas.

Solidariedade – Os inscritos doaram jogos e brinquedos na entrada do evento para crianças e idosos. O material recolhido irá para crianças internadas e brinquedotecas das unidades de saúde da rede estadual e para os idosos do Hospital Estadual Eduardo Rabelo.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro

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