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IJF fecha nova parceria para ampliar leitos de retaguarda

O anúncio foi feito pelo secretario de Gestão Estratégica e Participativa do Ministirio da Saúde, Odorico Monteiro, em visita ao hospital para conferir andamento do S.O.S Emergências na unidade
Após a desvinculação da Secretaria da Justiça e Cidadania, o Hospital da Polícia Militar, no bairro Farias Brito, em Fortaleza (CE), será integrado à rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Dos 72 leitos desta unidade, pelo menos 20 deverão servir de retaguarda ao Instituto Dr. José Frota (IJF). O anúncio foi feito, na manhã desta terça-feira (20), pelo secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro.

Monteiro esteve em Fortaleza, representando o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em visita ao IJF, onde acompanhou o andamento do S.O.S Emergências. Na ocasião, ele participou de uma reunião com a direção do hospital e representantes das secretarias estadual e municipal de saúde. Lá, foram conhecidos o diagnóstico das principais demandas do IJF e o plano de ação proposto pelo Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH), instituído naquela unidade.

Uma das diretrizes estabelecidas pelo plano de ação é a consolidação de parcerias com hospitais das redes pública e privada, para a oferta de leitos de retaguarda para o IJF. Atualmente estão firmados contratos com o Pronto Socorro dos Acidentados, no Dionísio Torres, que recebe pacientes traumatológicos, e com o Hospital Fernandes Távora, na Barra do Ceará, para o atendimento de pacientes neurológicos.

Os leitos do Hospital da Polícia Militar devem ser ofertados para a retaguarda do IJF a partir de abril, para tratamento de traumato-ortopedia e cirurgias bucomaxilofaciais. A unidade será transformada para atendimentos de maior complexidade e os policiais militares que servem no hospital e que não são da área de saúde já estão sendo realocados. O Estado vai investir entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões.

“Se não sincronizarmos o que acontece dentro do IJF com o que acontece fora do IJF, não resolveremos o problema do atendimento nas emergências públicas. Se a rede hospitalar de retaguarda aumenta, os pacientes saem dos corredores”, afirmou Odorico Monteiro em reunião com o NAQH. O mais importante, segundo ele, é definir o projeto terapêutico do paciente e melhorar seu fluxo, após tirá-lo do risco de morte.

Assim como acontece com o Pronto Socorro dos Acidentados e o Fernandes Távora, a verba do Ministério da Saúde para Autorização de Internação Hospitalar (AIH) será de R$ 200 para leitos de longa permanência e de R$ 300 para curta permanência. A diferença entre valores é uma estratégia para buscar maior resolutividade e consequente queda no tempo de espera por um leito. Fora da parceria, o valor de tabela do SUS é de R$ 100 para ambos os leitos.

O secretário Odorico Monteiro ressaltou também a importância das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que funcionam como unidades intermediárias entre as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os hospitais e ajudam a desafogar os prontos-socorros. A previsão é de que sejam inauguradas 22 UPAs em todo o Ceará este ano, pelo menos seis delas ainda neste primeiro semestre, sendo três em Fortaleza. A capital deve ganhar ainda mais UPA até o fim de 2012.

Por meio do diálogo com unidades de saúde de outros municípios, também foi possível reduzir a internação de pacientes do interior do Estado. Esses pacientes representam 32% dos pacientes nos corredores atualmente, mas já chegaram a ser 48%. A meta do S.O.S Emergências no IJF é chegar ao mês de dezembro com corredores livres, atendimento mais rápido e queda na mortalidade. Ontem, mesmo após um feriado prolongado, havia 67 pacientes nos corredores – um número que chegou a 154 em dezembro passado.

FORÇA-TAREFA – Outro avanço obtido pelo Instituto Dr. José Frota é a definição de uma força-tarefa duas vezes por semana para aumentar o número de cirurgias eletivas realizadas na unidade. São disponibilizadas quatro salas, quatro anestesistas e sete cirurgiões no intuito de operar 25 pessoas no período, totalizando 100 cirurgias por mês. Na última semana, a força-tarefa operou 38 idosos, de 43 que aguardavam cirurgia no IJF. “Fizemos isso sem ter nenhum óbito, apesar de termos operado idosas que tinham risco cirúrgico bastante elevado”, frisa o superintendente do IJF, Messias Barbosa.

O Ministério da Saúde deve lançar nos próximos dias portaria autorizando a negociação de novos valores para o pagamento dessas cirurgias, desvinculados da tabela do SUS. Para isso, é necessário que seja aprovado o projeto apresentado pelo Estado ou Município junto com os parceiros. A ideia é incentivar o aumento no número de cirurgias, já que muitos médicos alegavam que o teto do SUS não cobria os procedimentos.

RECURSOS – São pagos R$ 300 mil mensais para cada um dos hospitais integrantes do S.O.S Emergências. Esses recursos são destinados ao custeio da ampliação e qualificação da assistência da emergência. Além disso, o Ministério da Saúde liberou para o IJF uma verba adicional de R$ 3 milhões para a aquisição de 13 tipos de equipamentos importantes para o pronto-socorro do IJF, o que deve acontecer ainda este semestre. O valor foi aprovado mediante apresentação de proposta pela direção do hospital.

“A humanização no atendimento é uma preocupação da presidenta Dilma Rousseff e do ministro Alexandre Padilha. A maneira como os brasileiros são tratados nas emergências é uma questão de direitos humanos. Somos humildes em reconhecer isso e queremos mudar a situação”, disse o secretário Odorico Monteiro durante sua visita ao IJF.

SAÚDE TODA HORA – O S.O.S Emergências é uma ação estratégica do governo federal (em parceria com estados e municípios), lançada em âmbito nacional em novembro de 2011, com o intuito de qualificar a gestão e o atendimento em grandes hospitais que atendem pelo SUS. A iniciativa integra a Rede Saúde Toda Hora, que engloba o SAMU 192, UPAs 24 horas, Salas de Estabilização, serviços da Atenção Básica e Melhor em Casa.

Além dos 11 hospitais considerados prioritários pelo Ministério da Saúde nesta primeira etapa, ao programa será estendido a outros 29, totalizando 40 unidades hospitalares incluídas. O ministro Alexandre Padilha já visitou 10 dos 11 hospitais que integram esta iniciativa do governo federal, em parceria com estados e municípios e os gestores hospitalares para promover o enfrentamento das principais necessidades dessas unidades hospitalares. O lançamento oficial no IJF aconteceu em 17 de dezembro.

FONTE: Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br

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