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Rio de Janeiro faz mutirão para recolher pneus e combater possíveis focos do Aedes aegypti

Dez estados já aderiram à campanha nacional de recolhimento de pneus para combater possíveis focos do Aedes aegypti, transmissor da denque, chikunguya e Zika

O estado do Rio Janeiro promoveu uma mobilização para recolher pneus guardados e descartados de forma inadequada. A ação faz parte da campanha nacional realizada pelos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, em parceria com as Salas Nacionais, Estaduais e Municipais de Coordenação e Controle. O objetivo é reduzir possíveis focos do mosquito Aedes aegypti nos pneus que, quando expostos, podem acumular água parada e favorecer a proliferação do vetor transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Além do Rio de Janeiro, outros onze estados aderiram à campanha. Pará, Sergipe, Piauí, Rio Grande do Norte, Bahia, São Paulo, Ceará, Goiás, Amapá, Maranhão e Paraíba iniciaram as ações que estão voltadas aos imóveis próprios e comerciais, terrenos e pátios vazios. Isso porque, a indústria já é obrigada por lei a recolher e reciclar seus produtos após a vida útil e, segundo dados de 2015, essa reciclagem atingiu 93,7% da meta estabelecida pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente. Porém, ainda há descarte inadequado por parte dos consumidores, que não devolvem os pneus aos pontos de revenda e também por borracheiros autônomos, que abandonam os pneus sem valor comercial em locais impróprios. “Com essa ampla mobilização queremos mostrar que o enfrentamento deve ser intensificado durante o período de baixa transmissão de dengue, chikungunya e zika, ele não pode ser sazonal. Estamos nos aproximando do período das chuvas e temos que continuar vigilantes para evitar os picos epidemiológicos que tivemos no verão passado”, finaliza Rodrigo Frutuoso, técnico do programa da dengue do Ministério da Saúde e membro da Sala Nacional.

Gestores municipais e estaduais cuidarão para que o material recolhido chegue aos pontos de coleta próprios ou da empresa parceira Reciclanip, criada por fabricantes de pneumáticos para dar destino adequado a seus produtos, segundo as normas do Conselho Nacional de Meio Ambiente. A campanha é voltada também para a população. Quem tem pneu usado guardado em casa, ou abandonado próximo a sua residência deve leva-lo aos pontos de coleta, contribuindo para um meio ambiente saudável e para combate ao mosquito.

“Queremos chamar a atenção da população para o perigo que o descarte inadequado de pneus podem trazer, não só para o meio ambiente, mas também para a saúde de todos. A aliança dos diversos entes federativos e das salas estaduais e municipais de coordenação e controle é importante no combate efetivo ao Aedes.”, enfatiza o Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, Antônio Nardi.

MOBILIZAÇÃO – O Ministério da Saúde tem reunido esforços no combate ao Aedes aegypti, convocando o poder público e a população. O governo federal mobilizou todos os órgãos federais para atuar conjuntamente neste enfrentamento, além da participação dos governos estaduais e municipais. Neste ano, diversas ações foram organizadas em parceria com outros órgãos e entidades, como a mobilização que contou com 220 mil militares das Forças Armadas; a mobilização nas escolas, que marcou o início do ano letivo com instruções aos alunos de como prevenir as doenças transmitidas pelo Aedes; além da faxina promovida pelo Governo Federal com servidores públicos, cujo objetivo foi inspecionar e eliminar possíveis focos do mosquito nos prédios públicos.

No quinto ciclo da campanha contra o vetor (entre julho e agosto), as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti alcançaram 67,9% dos imóveis brasileiros. Mais de 45 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais foram efetivamente vistoriados, já que 7,4 milhões de estabelecimentos estavam fechados ou houve a recusa para acesso. No Rio de Janeiro, foram vistoriados mais de 4,8 milhões de imóveis.

Em todo o país, as visitas aos imóveis contam com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 49,2 mil agentes de controle de endemias, bem como com o apoio das Forças Armadas. Juntam-se, ainda, profissionais de equipes destacados pelos estados e municípios, como membros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

FONTE: Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br

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