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RJ registra em 2014 a maior queda de casos de dengue do país

Notificações da doença este ano são 97% menor que no ano anterior

O Rio de Janeiro foi o estado que mais conseguiu reduzir o número de casos de dengue no Brasil em 2014. Entre janeiro e outubro, as notificações da doença caíram 97%, em comparação com o mesmo período do ano passado. A redução nos registros da doença se deve a um conjunto de fatores: desde 2008, quando o estado viveu sua maior epidemia de dengue, novas estratégias de controle e prevenção foram implementadas que ajudaram a conter o avanço do vírus, como a Campanha 10 Minutos Contra a Dengue, a criação dos Centros de Hidratação e a capacitação de profissionais do setor público e privado.

“Esse é um dos menores índices da série histórica da dengue no estado. O resultado comprova uma maior mobilização dos municípios e da população, para eliminar as larvas do Aedes aegypti nos domicílios. Além disso, fatores climáticos, como o baixo índice de chuvas, e a imunização da população para os principais sorotipos circulantes também favoreceram para a queda”, avalia o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Alexandre Chieppe.

Até 11 de outubro deste ano, a Secretaria de Estado de Saúde registrou 6.859 casos de dengue em todo o estado. Também foram confirmados 8 óbitos: em São Gonçalo (1), São José do Vale do Rio Preto (1), Vassouras (1), Rio de Janeiro (1) e Campos dos Goytacazes (4). As notificações foram compiladas pelo órgão a partir de dados inseridos no sistema pelos municípios. Em 2013, foram notificados 212.231 casos e 39 óbitos.

No Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre 1º e 7 de junho, a maioria dos municípios apresentou condições satisfatórias. Das 73 cidades que realizaram a pesquisa, cerca de 50% tiveram infestação abaixo de 1%, índice considerado satisfatório.

Ações contra dengue – O carro chefe das ações da Secretaria é a campanha 10 Minutos Contra Dengue. A iniciativa vem sendo uma importante ferramenta de conscientização para a necessidade de todos se engajarem no combate ao foco do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. O objetivo é estimular a população a investir 10 minutos por semana para eliminar possíveis criadouros em suas casas, já que o ambiente doméstico concentra 80% dos focos.

Além da capacitação de profissionais, foi implementado também um Prontuário Eletrônico para auxiliar os profissionais de saúde do estado no atendimento a pessoas com dengue. Após inserir os dados do paciente no sistema, o programa avalia os sintomas e indica qual o melhor tratamento a ser seguido, e até aponta a necessidade de internação. A montagem de Centros de Hidratação nos municípios também tem sido fundamental para ampliar o acesso ao paciente e acompanhá-lo de forma adequada.

O site Rio Contra a Dengue traz todas as informações sobre a campanha dos 10 Minutos Contra a Dengue como folhetos explicativos, a lista de ações que devem ser feitas semanalmente, tirinhas do personagem Mosquiteiro, espaço para marcar a data em que o morador fez a vistoria em casa e muito mais. O material foi produzido também para que gestores municipais tenham a opção de fazer o download do folheto e distribuir para a população. O endereço do site é www.riocontradengue.com.br. Nas redes sociais, é possível também fazer a sua parte, seguindo o perfil www.twitter.com/RioContraDengue

Chikungunya – O superintendente lembra ainda que a Vigilância Epidemiológica já iniciou as ações de enfrentamento para a entrada do vírus Chikungunya no estado. Em outubro, a Comissão Intergestores Bipartite (CIB), colegiado formado por representantes dos municípios e da Secretaria de Estado de Saúde, aprovou a incorporação das ações de controle e prevenção do Chikungunya ao plano de combate à dengue. O resultado já foi encaminhado ao Ministério da Saúde para sua homologação. Agora, os municípios têm até o dia 30 de novembro para adequar o plano de contingência e controle das duas doenças.

A partir de novembro, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) vai realizar um treinamento itinerante para capacitação sobre diagnóstico e tratamento de pacientes com a febre Chikungunya. O curso circulará por todas as regiões fluminenses para fazer o treinamento de multiplicadores diretamente nos municípios. De janeiro a outubro, a Superintendência Epidemiológica e Ambiental da SES confirmou seis casos da doença no estado. Todos foram diagnosticados em pessoas com registro de viagem internacional recente para países onde ocorre a transmissão e, portanto, não foram contaminadas no Brasil.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br

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