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Vigilância Sanitária lança campanha contra massacre de macacos

Objetivo é evitar o aumento de primatas mortos por agressão humana

Nesta quarta, dia 21, a Vigilância Sanitária lança a campanha “O macaco não é só vítima, mas um grande aliado no combate à febre amarela”, para conscientizar a população carioca sobre o perigo que a cidade corre se a matança dos macacos continuar.  O lançamento será no Parque da Catacumba, às 9h.

Já são 170 primatas encontrados mortos no município e 325 em todo o estado, sendo 53,5% vítimas de agressão humana, como espancamento e envenenamento. O número já ultrapassa a metade de todo o ano passado, quando foram encontrados 602 animais mortos, sendo 41% vítimas de agressão.

Além de serem vítimas de um massacre, o que é crime ambiental previsto em lei, os primatas são os sentinelas do vírus da febre amarela, já que o monitoramento desses animais facilita a detecção precoce da presença do vírus, evita a disseminação da doença e facilita a elaboração de medidas de controle e prevenção, como a vacinação e o combate ao vetor.

Por meio desse monitoramento, realizado pelas equipes de zoonoses da Vigilância Sanitária, o vírus ainda não entrou no município. Mas se a matança de primatas continuar, não haverá animais para serem monitorados, o que aumenta o risco de entrada do vírus.

Além de alertar sobre a matança dos animais, a campanha também orienta sobre a importância de não tocar em primatas encontrados mortos e acionar, imediatamente, os técnicos da área de zoonoses do órgão, por meio da central de atendimento 1746, para recolhê-los e evitar a contaminação de doenças virais que pode acontecer mesmo com o animal sem vida.

A campanha conta com placas, cartazes e folhetos para serem distribuídos à população e afixados em parques e trilhas da cidade, orientando a não matar os animais e nem tocá-los, bem como informativo com orientações para profissionais que trabalham nesses locais.

No dia de lançamento da campanha, haverá distribuição desse material no Parque da Catacumba, onde médicos veterinários vão orientar visitantes e moradores do entorno sobre o comportamento dos primatas e a importância de não agredi-los.

Desde o início do ano, técnicos de zoonoses estão monitorando primatas encontrados mortos no município do Rio de Janeiro e ainda não encontraram ameaças à saúde da população. No entanto, o órgão alerta para a necessidade de quem encontrar ligar para o 1746 e solicitar o recolhimento de macacos e saguis por um dos técnicos, para que seja realizada a coleta adequada do material, de modo a não comprometer a realização do exame. Por isso é muito importante não tocar no animal morto ou caído.

Primatas não humanos frequentemente morrem por causas diversas, como traumas, doenças infecciosas e parasitárias. Mas a febre amarela é hoje o grande desafio para a saúde pública e essas ações do órgão, com a finalidade de detectar precocemente a circulação viral, enquanto apenas animais silvestres são acometidos, previnem que chegue aos seres humanos.

FONTE: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro
http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc

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