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Centro de Trauma do Hospital Estadual Alberto Torres dobra o número de atendimentos

Este ano, o número de atendimentos cresceu 107% e o de cirurgias, 22%, em relação a 2014

unnamedReferência para atendimento de vítimas de politraumatismos na rede estadual, o Centro de Trauma do Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), em São Gonçalo, mais que dobrou o número de pacientes atendidos no período de janeiro a julho de 2015, em relação aos sete primeiros meses de 2014: foram 2.220, enquanto no ano passado, foram atendidos 1.068 casos. No mesmo período, o Centro ainda registrou aumento do número de cirurgias. Foram 675 de janeiro a julho do ano passado e 863 no mesmo período deste ano – crescimento de 22%. Desde que foi inaugurado, há dois anos, o Centro já acumula 5.027 atendimentos e 2.415 cirurgias, até o dia 31 de julho deste ano.

– O aumento do número de atendimentos mostra a importância da unidade não só para a Região Metropolitana, mas também para toda a rede estadual. O Centro de Trauma reúne profissionais altamente capacitados e estrutura de ponta, essenciais para o atendimento de qualidade – destaca Felipe Peixoto, secretário de Saúde.

O fluxo de atendimento obedece protocolo de padrão internacional, com profissionais que trabalham no conceito de “time” e com divisão de ações, desenvolvido para garantir que as vítimas sejam socorridas em até uma hora após a ocorrência do trauma – a chamada hora de ouro – para reduzir a possibilidade de mortes ou sequelas graves. Ao darem entrada, todos os pacientes são estabilizados por uma equipe formada por anestesista, cirurgião-geral e enfermeiros, que cuidam das lesões mais graves até que ele tenha condição de ser submetido à segunda etapa do atendimento, com ortopedista, neurocirurgião ou cirurgião vascular, dependendo do caso.

Diferencial – Quem faz parte do dia-a-dia da unidade garante que a sistematização das atividades e os recursos humanos e materiais disponíveis são os grandes diferenciais no atendimento oferecido pelo Centro de Trauma. Com 30 anos de experiência no atendimento em pronto-socorro, o cirurgião geral Carlos Eduardo Oliveira de Carvalho, de 58 anos, cita como exemplo os exames de apoio ao diagnóstico.

– Os exames são feitos imediatamente, temos a resposta mais rápida. Tudo está mais próximo e isso pode ser a diferença entre a vida e a morte – afirma o cirurgião.

Para o anestesista Alexandre Gomes, 38 anos, o benefício da sistematização do atendimento para o paciente é visível.

– O acesso à informação básica sobre o paciente nos ajuda muito. São minutos que fazem a diferença e a equipe já fica a postos, com tudo disponível, quando ele chega. Nós lemos muito sobre isso em protocolos médicos, mas a primeira vez que vi em funcionamento foi aqui – explica Gomes.

Já o chefe da ortopedia do Hospital Alberto Torres, Marcos Correia, destaca que com esse tipo de atendimento, a vítima se recupera mais facilmente.

– Desta forma, o paciente fica menos tempo internado e pode retornar às suas atividades normais de forma mais rápida – afirma o especialista.

Capacitação – O Centro de Trauma do Hospital Alberto Torres é o resultado de um projeto que começou a ser desenvolvido em 2010, com a consultoria técnica do Centro de Trauma de Baltimore, nos Estados Unidos, onde profissionais da unidade fizeram um curso de capacitação. Além do Centro de Trauma de Baltimore, na Universidade de Maryland, considerado referência em todo o território norte-americano para casos de politraumatismo e também para atendimento ao presidente Barack Obama, os profissionais brasileiros foram treinados também no Ryder Trauma Center, da Universidade de Miami, e no Children’s Hospital, dedicado à criança em Washington.

Estrutura – O Centro de Trauma conta com três salas de cirurgia, uma delas inteligente, equipada com tecnologia alemã. Do próprio centro cirúrgico, o médico pode acompanhar a tomografia em tempo real, sem precisar esperar que o exame seja revelado. Isso permite uma tomada de decisões rápidas sobre procedimentos a serem adotados durante a cirurgia. Outra vantagem é que o médico pode consultar e ampliar a imagem ao longo do procedimento cirúrgico.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br