IEN recebe a visita do novo presidente da CNEN
O novo presidente da CNEN, Angelo Fernando Padilha, professor e pesquisador na área de engenharia de materiais, fez sua primeira visita oficial ao IEN nesta terça-feira, dia 30. Pela manhã, ele reuniu-se com o diretor, Julio Cezar Suita, chefes de divisão e coordenadores do Instituto, para apresentar seu projeto de gestão e ouvir relatos e propostas.
À tarde, o presidente falou aos servidores, no auditório, sobre seu projeto, que tem quatro metas principais: a implantação do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), cujo projeto de engenharia já está em processo de licitação; a criação da agência reguladora da área nuclear, “uma unanimidade no meio científico”; a definição de local e projeto para o depósito definitivo dos rejeitos de baixa e média atividade das usinas nucleares, exigência do Ibama para o licenciamento de Angra 3, e a implantação de um laboratório nacional de fusão nuclear – “já existe uma rede de pesquisa,com cerca de 150 integrantes, mas a instalação de um laboratório eleva esses estudos a outro patamar”.
Outras metas de gestão que devem conduzir seu trabalho são: maior interação entre os institutos de pesquisa da CNEN, levando a novos projetos, projetos multidisciplinares e melhor aproveitamento dos recursos humanos; maior interação entre os institutos e universidades, e recomposição do quadro de servidores, que perdeu mais de 1200 postos nos últimos 20 anos – o equivalente a quase metade do quadro atual, de 2551 servidores. Esta é uma meta que Angelo Padilha considera essencial para o futuro do Programa Nuclear Brasileiro. “O setor nuclear nacional tem pouco mais de 50 anos e uma história de sucessos, como o domínio do ciclo do combustível e o desenvolvimento do reator do submarino da Marinha”, lembrou, “mas é pequeno, envolve algo entre 8 mil e 10 mil pessoas, e tem um conhecimento que precisa ser levado adiante.”
Antes de encerrar sua apresentação e responder às perguntas dos presentes , o presidente da CNEN ressaltou que pretende atuar de acordo com os princípios que conduziram sua vida e sua carreira: fazer uma gestão democrática e participativa: “Não é o caminho mais fácil, mas leva sempre às melhores soluções.”
FONTE: CNEN
http://www.cnen.gov.br/