Hospital da Mulher completa três anos e consolida-se como a principal unidade de atendimento de mães e bebês na Baixada
Unidade, que incentiva parto humanizado e conta com profissionais especializados e equipamentos de ponta, já contabiliza mais de 11 mil nascimentos
Há três anos, na mesma data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, 08 de março, era inaugurado o Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart (HMHS), em São João de Meriti, a primeira da rede estadual de saúde totalmente especializada no atendimento a gestantes de médio e alto risco e bebês prematuros. Com uma média de 10.800 atendimentos por mês, o Hospital da Mulher é hoje a principal unidade de referência para este tipo de atendimento na Baixada Fluminense.
– Quando a Secretaria de Estado de Saúde inaugurou o Hospital da Mulher, o objetivo era oferecer um atendimento diferenciado para mães com gestação de alto risco e bebês prematuros que precisam de uma estrutura especial, que inclui leitos de UTI e UI Neonatal e uma equipe de profissionais especializados. Mais do que isso, a unidade dispõe de atendimento humanizado, dando todo suporte também para as famílias neste momento especial e delicado – afirma a subsecretária de Unidades Próprias, Ana Neves.
Desde a inauguração, é colocada em prática a cultura do parto humanizado – conjunto de ações que visam atender as necessidades da gestante, incluindo desde a presença de um acompanhante de sua confiança durante o parto até aspectos fisiológicos, psicossociais e sociais. Em três anos de funcionamento, o Hospital da Mulher contabiliza 11.155 nascimentos.
Por se tratar de uma unidade especializada em casos de alta complexidade, as mulheres atendidas chegam por meio de encaminhamento de outras unidades e são acolhidas no ambulatório, realizam exames complementares e fazem o parto, exceto para as usuárias do SOS Mulher, que são atendidas por demanda espontânea. O SOS Mulher prestar atendimento às vítimas de violência a partir de 12 anos de idade.
Casa da Mãe – Outro diferencial é a Casa da Mãe, local onde a puérpera fica hospedada caso seu bebê precise permanecer internado para cuidados na UTI ou UI. O espaço recebe mulheres que moram longe da unidade – mínimo de 50 km de distância – ou em lugares de difícil acesso e permite que essas mães fiquem próximas aos filhos que estão internados, garantindo, com isso, o contato e o aleitamento tão importantes na recuperação dos recém-nascidos.
Teste do Coraçãozinho – O Hospital da Mulher também foi a primeira unidade pública no país a realizar o Teste do Coraçãozinho. Chamado pelo nome técnico de oximetria de pulso, o exame detecta doenças cardíacas congênitas em bebês recém-nascidos, é indolor e prático e leva menos de 5 minutos. O principal benefício é descobrir problemas no coração do bebê antes de aparecerem os sintomas. Cerca de 30% das crianças que nascem com cardiopatia complexa não desenvolvem sintomas e ganham alta. Quando diagnosticadas tardiamente, as cardiopatias podem colocar em risco a vida do bebê caso ele não seja operado logo. O Teste do Coraçãozinho consegue diminuir em 10% a mortalidade infantil porque aumenta as chances de sobrevida do bebê cardiopata. O exame está em fase de implementação nas demais unidades de saúde.
Serviço para pacientes portadoras de NTG – Em julho de 2012, foi inaugurado um serviço voltado para pacientes portadoras de neoplasia trofoblastica gestacional NTG. Esta doença é identifica após a mulher receber um exame positivo para gravidez. No entanto, após o exame de ultrassom, descobre-se que em vez de esperar um bebê, ela tem uma mola hidatiforme, que é um tumor com potencial de se tornar maligno. O tratamento é feito através da retirada da mola por meio de aspiração e a mulher é acompanhada por um tempo que varia de 6 meses a 1 ano. Em 20% a 30% dos casos, o quadro evolui para um câncer e a mulher precisa ainda passar por um tratamento de quimioterapia e é acompanhada por mais dois anos e, idealmente, uma vez por ano pelo resto da vida. Até agora, 1.760 mulheres foram tratadas na unidade.
Selo de qualidade – Com pouco mais de um ano de funcionamento, a unidade recebeu a Certificação Internacional 3M, categoria Diamante, do Programa de Certificação em Esterilização Hospitalar da instituição. O HMHS foi o primeiro do estado do Rio de Janeiro a receber tal certificação e a segunda em todo o Brasil. Durante um ano, técnicos da 3M visitaram o hospital a fim de inspecionar as rotinas aplicadas e criar um protocolo de normas e rotinas em conjunto com o setor.
Novidades – Nos próximos meses, o hospital passará a realizar exames de urodinâmica, além de realizar procedimentos clínicos ou cirúrgicos em uroginecologia para correção de distopias genitais e incontinência urinária, utilizando fisioterapia ou técnicas cirúrgicas convencionais, minimamente invasivas. Outro projeto que será implementado é o “Método Mãe Canguru”, voltado para bebês prematuros que ao invés de ficarem na incubadora durante tempo integral, eles ficam em contato com o corpo da mãe, ajudando na recuperação.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro