IEDE promove encontro com chefe de cozinha francês em escola pública
Objetivo foi conscientizar alunos e pais sobre a importância da alimentação saudável
A importância de ter uma alimentação saudável deve começar desde cedo. Foi com este propósito que profissionais de saúde do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE) promoveram nesta quinta-feira, dia 17/10, no Colégio Estadual Júlia Kubistchek, o encontro “Aprendendo com o Chef”. Na ocasião, o chefe de cozinha francês, David Joubert, preparou um cardápio saudável que foi degustado pelos alunos e pais presentes.
Pesquisas apontam que a obesidade já é considerada uma epidemia mundial e tem crescido no público infantil, especialmente na faixa etária dos 5 a 9 anos. Uma em cada três crianças tem excesso de peso. Segundo a coordenadora do Ambulatório de Obesidade Infanto-Juvenil do IEDE, Carmem Leal Assumpção, a medicina e a educação devem caminhar juntas, pois os hábitos alimentares saudáveis são ensinados e praticados desde cedo.
– Os futuros professores, que hoje aqui estão em formação, são os multiplicadores das informações transmitidas durante esse encontro. O nosso objetivo é demonstrar a importância da prevenção da obesidade, que pode acarretar sérios problemas de saúde, como a diabetes, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer – afirmou.
Exemplo em casa – Segundo os médicos, os hábitos alimentares precisam começar dentro de casa e nem sempre são atrelados apenas à comida saudável com a ingestão de frutas, legumes e verduras. O chef de cozinha David Jobert destacou que é fundamental sentar à mesa durante a refeição, pois além de compartilhar o momento com a família, o alimento é ingerido melhor e a degustação se torna mais prazerosa.
– É preciso mudar o hábito de comer vendo televisão, sentado no sofá, em um canto da casa, isolado dos outros membros. Realizar as refeições com a família é uma tradição que não pode acabar – reiterou Jobert.
Pai de quatro filhos, sendo três obesos, Manoel Alves de Souza pediu ajuda para enfrentar o problema que vive dentro de casa.
– Eu não sei o que fazer, pois, por mais que eu diga o que é saudável, a família não aceita. Por isso, eu preciso de ajuda – disse durante o encontro.
A equipe médica orientou que é preciso vencer este obstáculo, consumindo alimentos que façam bem à saúde e tentando reunir a família durante as refeições para demonstrar a importância daqueles momentos em conjunto.
– Monte a mesa do café, do almoço, do jantar. É preciso insistir neste hábito também – orientou a médica, Carmem Leal.
A aluna Marcele Fonseca, de 15 anos, tem bons exemplos em casa. Desde cedo, a família cultua hábitos alimentares saudáveis e sempre que possível está reunida para realizar as refeições em conjunto.
– A maioria acha que comer bem não é legal. Infelizmente, o mundo está tomado pelos hambúrgueres – disse.
Salgados, refrigerantes, sanduíches são considerados verdadeiros vilões alimentícios. E, na escola, sempre há aqueles alunos que deixam de comer a refeição oferecida no colégio para dar uma “fugidinha” e ir à lanchonete da esquina.
A vice-diretora do Colégio Estadual Júlia Kubistchek, Elizabete Castanheira Cavalcanti, afirma que o trabalho de conscientização é constante e não está restrito aos alunos. Segundo ela, os pais também são orientados durante as reuniões a incentivar hábitos saudáveis.
– Para tentar evitar que eles caiam em tentação e comer alimentos que não são apropriados, procuramos criar combinações diferentes para diversificar o cardápio – disse.
Após as dicas e cuidados necessários, os participantes puderam saborear sanduíches com pasta de ricota, atum e tomate e frutas cozidas com suco de laranja natural preparados pelo chef de cozinha. Biscoitos integrais, barrinhas de cereais e suco também foram oferecidos aos presentes.
IEDE – Fundado em 1967, o Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE) é referência no tratamento de doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas A unidade hospitalar foi incorporada pela Fundação Saúde, que é responsável pela gestão, em agosto de 2013.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br
