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Primeiro LIRAa do ano encontra menos focos do mosquito da dengue no município do Rio

Em pleno verão, época de maior incidência da doença, números de criadouros e de casos são menores na cidade

O primeiro LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) de 2014, realizado entre os dias 5 e 11 de janeiro, traz uma boa notícia para os cariocas: em pleno verão, época normalmente de maior incidência de casos de dengue, o índice de infestação da cidade foi de 1,2%, o menor para o período. Dos estratos considerados no levantamento, 43,2% estão na faixa de baixo risco para ocorrência da doença. Apenas 1,7% (4) estão na de alto risco, contra 7,4% em janeiro do ano passado. E menos focos do mosquito se refletem também em menores números da doença: em janeiro deste ano foram 338 casos notificados, contra 3.930 do mesmo mês em 2013.

O menor índice de infestação pelo Aedes aegypti pode ser atribuído ao constante trabalho de prevenção e conscientização que vem sendo feito pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e também à colaboração da população. As ações de combate aos criadouros do mosquito são realizadas o ano inteiro, mesmo nos meses de baixa incidência da doença. E o LIRAa revelou também que os moradores estão atentos, evitando os depósitos móveis que podem propiciar o surgimento de focos, como pratinhos de plantas, garrafas, etc. Vilão de outros tempos, esse tipo de material está agora na terceira colocação entre os depósitos predominantes.

– Apesar do resultado positivo revelado pelo LIRAa, não podemos baixar a guarda contra o Aedes aegypti. A secretaria e a população têm que se manter sempre em alerta, trabalhando juntas no combate permanente ao mosquito, eliminando focos e possíveis criadouros – diz o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann.

Para a execução do LIRAa, os agentes de vigilância ambiental da SMS vistoriaram mais de 122 mil imóveis em 30,5 mil quarteirões em todas as áreas da cidade. A região da Zona Sul (Área de Planejamento P 2.1) foi a que registrou o menor índice de infestação, 0,5%. Santa Cruz (AP 5.3) teve o segundo menor índice, 0,7%, seguido do Centro (AP 1.0), com 0,9% de infestação predial.

A região com maior percentual de imóveis com focos do mosquito foi a de Madureira, Irajá, Pavuna e adjacências (AP 3.3), com 1,9%. Em seguida vem a AP 3.2 (Méier, Inhaúma, Del Castilho e adjacências), com 1,8% de infestação; e a AP 3.1 (Penha, Bonsucesso e adjacências), com 1,3%. Nenhuma das Áreas de Planejamento está na faixa de alto risco.

 Ainda de acordo com o LIRAa, 33,6% dos focos do mosquito estavam em depósitos fixos, como tanques em obras ou borracharias, cacos de vidros em muros, toldos em desnível, calhas, floreiras em cemitérios, sanitários em desuso e piscinas não tratadas, entre outros.  Já os recipientes usados para armazenar água dentro de casa, como barris, moringas, potes e caixa d’água, somam 19,1%. Os depósitos móveis corresponderam a 18,1% dos focos.

A Secretaria Municipal de Saúde tem intensificado as ações de combate ao vetor. Só em 2013, a SMS alcançou a marca histórica de 8,375 milhões de visitas de inspeção para prevenção da dengue na cidade. O número superou o recorde do ano anterior, de 7,6 milhões de visitas. Ao todo, mais de 1,161 milhão de depósitos foram eliminados no ano e 3,803 milhões tratados. Foram ainda realizadas 68 entradas compulsórias em imóveis fechados, cujos proprietários não atenderam às notificações da SMS. A secretaria realiza ainda mutirões de serviços contra a doença e atividades educativas e de prevenção.

A metodologia do LIRAa divide o município em estratos de 9 mil a 12  mil imóveis com características semelhantes. Em cada estrato são pesquisados 450 imóveis.

FONTE: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro
http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc

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