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Radiologia de pai para filho

thumbnail_1411064460Hoje vamos contar a história de Rubens Furtado de Lima, o profissional que operou o primeiro equipamento de Tomografia de Teresina/PI. Casado, pai de dois filhos e avô de uma menina, hoje, com 59 anos, ele lembra feliz dos 36 anos que dedicou à Radiologia. Principalmente, por que um dos filhos decidiu seguir a mesma carreira.

Rubens nasceu em Porto Velho (RO) e foi recrutado pelo exército de Rondônia aos 18 anos de idade, para servir na floresta amazônica. Aos 23, em 1978, decidiu mudar de vida e foi tentar a sorte em São Paulo, onde começou a exercer a profissão. Aprendeu na prática a fazer angiografia, endoscopia, ecocardiograma e crioterapia, como auxiliar, pois naquela época não tinha acesso à educação formal.

“Recorria aos livros estrangeiros, traduzia e estudava muito. Devo meu conhecimento ao doutor e professor João Radvany, membro da Academia de Radiologia dos Estados Unidos, que trabalhava no hospital e me ensinou com paciência e dedicação”, lembra Rubens.

Em 1985, quando trabalhava como técnico em Enfermagem no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), um encontro mudou sua vida. Rubens deu de cara com o primeiro tomógrafo comprado pelo hospital e se apaixonou à primeira vista. Dali em diante, ele sabia exatamente que carreira iria seguir para sustentar a família. Teve certeza absoluta quando, dois anos mais tarde 1987, teve a chance de operar o primeiro aparelho de Ressonância Magnética Nuclear do Einstein.

“Fui o segundo técnico especialista em Tomografia a trabalhar no Einstein. Realizei exames de crânio que levavam, em média, 30 minutos. Aprendi no dia a dia a fazer a leitura e o armazenamento das imagens, que eram gravadas em fitas magnéticas, como nos antigos rolos de filme de cinema”, conta.

Em 1988, Rubens foi viver em Teresina (PI) e tornou-se o primeiro tomógrafo a exercer a profissão na capital do estado, além de operar a primeira máquina de tomografia do Nordeste do país.

Rubens ainda está na ativa, exerce a profissão até hoje. Entretanto, reconhece que, após longa jornada, os dias para a aposentadoria estão contados. Terminará a carreira feliz, pois o filho decidiu seguir o mesmo caminho. “Seu amor pela profissão, seu profissionalismo, as pessoas que ele ajuda. Tudo isso me contagiou e fez seguir seus passos”, afirma o herdeiro Allan Franco de Lima.

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FONTE: CONTER
http://www.conter.gov.br/

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