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Primeiras etapas para a construção do campus integrado do INCA iniciam em junho

O Rio de Janeiro vai sediar o mais moderno Centro de Desenvolvimento Científico e de Inovação Tecnológica para o controle do câncer do país. Fruto de uma parceria com o Governo do Estado e dos investimentos da União, as novas instalações vão reunir os 18 endereços da instituição em um só lugar.

Rio, (01/06) – Um projeto em prol da vida. Esse é o conceito do campus integrado do INCA, que será construído no terreno localizado atrás do edifício sede da Instituição, na Praça Cruz Vermelha, onde hoje se localizam as instalações do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj). O Governo do Estado sabe da necessidade por melhores recursos no atendimento oncológico e entendeu o projeto do INCA como uma força a mais para ampliar o acesso dos pacientes a um tratamento de qualidade. Hoje o Diário Oficial da União publicou a reabertura de prazo da licitação e, posterior contratação de empresa especializada para a execução das obras.

“ Não se trata de uma simples construção, estamos falando de um projeto que vai promover a integração entre assistência, ensino, pesquisa e administração com foco na atenção oncológica, estimulando o avanço do conhecimento e do desenvolvimento no tratamento do câncer”, diz o diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini.

Além de concentrar todos os endereços atuais da Instituição em um só local, o campus integrado do INCA vai favorecer o fortalecimento da conexão entre tecnologia de ponta, pesquisa e ensino com foco na melhoria do atendimento. Serão 116 mil metros quadrados de construção – três vezes a mais do que o prédio sede da Praça Cruz Vermelha – distribuídos numa área de 148 mil metros quadrados de terreno, com recursos provenientes do Orçamento da União, estimados em R$ 469 milhões.

“O campus vai possibilitar a otimização de recursos materiais e humanos e facilitar o acesso ao tratamento dos pacientes, já que todas as etapas do atendimento – terapêuticas, de acompanhamento e paliativas – serão realizadas em um só local”, avalia Santini.

Após a inauguração, os pacientes vão contar com 438 leitos de internação, sendo que 90 de terapia intensiva e semi-intensiva, 118 consultórios de atendimento ambulatorial, além da área de pesquisa. Também vale ressaltar que as novas instalações da Instituição vão fortalecer o foco em prevenção e na redução da incidência do câncer. Para se ter uma ideia, só no ano passado, a produção do Instituto foi de 15.638 internações, 8.614 cirurgias, 37 mil procedimentos de quimioterapia e mais 179 mil de radioterapia. Após a inauguração do Campus Integrado, estima-se um aumento em, aproximadamente, 32% das internações e 22% das consultas médicas.

Na área de pesquisa, atualmente, menos de 5% das pessoas tratadas no INCA participam de protocolos em pesquisas clínicas, a meta, com a construção, é incluir 30% dos doentes nesse trabalho.

O câncer é um problema de saúde pública e, hoje, representa a segunda causa de mortes no país. Só até o fim do ano, de acordo com as estimativas do INCA, serão diagnosticados mais de 520 mil casos novos de câncer e, só no Rio de Janeiro, quase 50 mil novos casos da doença.

Em 2011, o SUS gastou R$ 2,2 bilhões em procedimentos hospitalares, tratamentos e cirurgias de câncer. Ou seja: esses gastos foram quadruplicados dos 12 últimos anos pra cá. Para ser ter uma ideia da evolução desses valores, em 1999, eram pouco mais de R$470 milhões.

“ A sinergia entre novas tecnologias, pesquisa, educação para prevenção, detecção precoce e atendimento de qualidade é o modelo que proporciona melhores resultados tanto na prevenção quanto no tratamento dos casos de câncer. O campus integrado do INCA vai beneficiar nossa população, pois se trata de um projeto em prol da vida”, diz o vice-diretor do INCA, Luiz Augusto Maltoni.

Valorização da área urbana e sustentabilidade

Localizado no Centro do Rio, o campus integrado do INCA vai trazer revitalização para uma área antiga da cidade. O empreendimento contribuirá para a valorização do entorno e dos imóveis da região da Praça Cruz Vermelha e do Bairro de Fátima.

A população também vai estar consciente de que mesmo que as obras tragam transtornos iniciais como barulho ou problemas no tráfego da área, os benefícios serão muitos: mais segurança, transportes e uma nova característica ao local, tendo em vista que será o endereço do mais moderno Centro de Desenvolvimento Tecnológico Científico e de Inovação Tecnológica para o controle do câncer do país. No projeto arquitetônico, está prevista a construção de uma praça aberta à população, que permitirá aos pedestres cruzar a quadra, integrando socialmente Instituto com a cidade, um outro destaque é que o acesso aos blocos também poderá ser feito por todas as ruas do quarteirão.

“Integração é a palavra-chave para se entender o projeto dessa construção. Além da população se beneficiar com um atendimento de excelência, a região do entorno vai contar com um grande e acolhedor pátio interno, de dimensões reais de uma praça. Outro detalhe importante, é que o projeto envolve a manutenção e melhorias do atual prédio sede da Instituição”, informa o coordenador de administração geral do INCA, André Tadeu Sá.

Vale ressaltar que dentre as muitas características do projeto, a acessibilidade foi trabalhada, levando em conta que, uma vez dentro de um dos blocos, o usuário não precisará descer e subir novamente para chegar a qualquer um dos pontos do campus integrado do INCA.

Outra inovação estética e também de valor simbólico será a construção de laboratórios de pesquisa com paredes de vidro, para que os pacientes e familiares possam olhar os pesquisadores e imaginar que, ali, aqueles profissionais estão trabalhando para que novas descobertas sejam feitas no combate ao câncer. O Campus também estará equipado com auditórios e salas de conferências e de reuniões, para viabilizar a produção de conhecimento que é disseminada no Instituto.

“ O projeto do campus integrado do INCA, que agora começará a sair do papel, já recebeu o prêmio do Instituto Americano de Arquitetura (AIA) na área da saúde, o que nos dá,a cada dia, a certeza de que será uma grande conquista para a população”, afirma o coordenador.

André Tadeu explica ainda que a sustentabilidade também faz parte dos nortes na elaboração do projeto do Campus Integrado. Itens como economia de energia e reaproveitamento de água estarão presentes para que, no futuro, o complexo possa obter a certificação verde, que reconhece empreendimentos projetados e operados visando à diminuição dos impactos ambientais.

“O projeto do campus prevê diversos aspectos ecologicamente corretos, como valorização da luz natural, reservatórios para captação de água da chuva para reuso (e também para retardo da água na rede pluvial, prevenindo enchentes nas ruas próximas) e uso de tinta à base de água para pintura interna”, completa.

O INCA presta assistência médico-hospitalar direta e gratuitamente a pacientes com câncer. A instituição atua, ainda, em áreas estratégicas, como prevenção e detecção precoce, formação de profissionais especializados, desenvolvimento da pesquisa e geração de informação epidemiológica em todo o Brasil.

FONTE: INCA

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