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Centra-Rio completa 15 anos de atendimento a dependentes químicos

O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad) Centra-Rio completa 15 anos nesta sexta-feira (4/10). Referência da Secretaria de Estado de Saúde para o atendimento a dependentes químicos e demais pessoas que apresentam algum tipo de consumo problemático, a unidade já recebeu cerca de 12 mil pacientes desde sua inauguração. Para comemorar a data, o Centra-Rio reúne profissionais de saúde e demais interessados na mesa de debates “Cenas contemporâneas e olhares sobre as drogas”, no auditório da Casa de Rui Barbosa, na Rua São Clemente, 134, em Botafogo, das 14h às 16h.

— A ideia é discutirmos as abordagens e as diferentes propostas de tratamento e cuidado às pessoas que consomem drogas. Além disso, vamos tratar de temas que perpassam a realidade de todo dependente, como o acesso à sociedade, os efeitos disso na vida dele e dos outros, estereótipos e preconceitos — explica o médico psiquiatra Marcio Barbeito, diretor geral da unidade.

Pela manhã, das 9h às 12h, os pacientes que participam das diversas atividades terapêuticas oferecidas pelo Centra-Rio protagonizam a comemoração dos 15 anos da instituição. Eles apresentam um sarau e expõem fotos e trabalhos manuais desenvolvidos nas aulas recreativas do CAPSad na própria unidade. Ainda haverá a apresentação do vídeo “É tudo improviso”, criado pelos pacientes da oficina de cinema.

Atendimento de referência – Também responsável pelo fomento das políticas públicas de saúde na área das dependências, o Centra-Rio atende, em média, 300 pacientes por mês — desse total, 70 se referem a casos novos. A unidade oferece um serviço aberto à comunidade, inclusive às crianças. A maioria dos pacientes tem entre 20 e 50 anos e apresenta problemas com o consumo de cocaína, crack e álcool. Embora minoria, há também casos de usuários de remédios de tarja preta e de drogas sintéticas.

Quando o paciente chega ao Centra-Rio, é recebido por um profissional de saúde que o avalia. Há pessoas que, além da dependência química, apresentam depressão, quadros graves de ansiedade, esquizofrenia e outras comorbidades psiquiátricas.

Para atender a todos, a unidade conta com uma equipe formada por psicólogos, psiquiatras, médicos, enfermeiros, nutricionista, educador físico, acupunturista, técnico de enfermagem e farmacêutico. Os pacientes têm consultas regulares individuais ou em grupo com um profissional de saúde mental e podem participar das inúmeras atividades disponíveis — entre elas, tai chi chuan, oficina de jornal, de fotografia, de música e de cinema.

— O tratamento aqui visa à reabilitação do paciente e isso inclui o resgate de sua história e de seu vínculo social. Trabalhamos para tirar o estigma das drogas e pela produção de novas identificações possíveis para uma futura recuperação — explica Marcio.

Vida nova – Paciente do Centra-Rio há cinco anos, um homem de 34 anos, que pediu para não ser identificado, conta que quando chegou à unidade tinha perdido tudo por causa das drogas e do álcool: os laços com a família, o casamento, o contato com o filho e o emprego de funcionário público. No Centra-Rio, ele, que é morador de Vila Isabel, tem consultas semanais com uma psicanalista, recebe medicamentos para o tratamento e participa das oficinas. Hoje, a situação já é diferente.

— Eu cheguei aqui precisando de ajuda. Por causa das drogas e do álcool, eu não conseguia me relacionar com ninguém. Agora, com a ajuda da minha terapeuta, já consigo me compreender melhor e retomei meus relacionamentos. Já até visito meu filho. E vou voltar a trabalhar — comemora o paciente.

O Centra-Rio fica na Rua Dona Mariana, 151, Botafogo, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, oferecendo tratamento de acordo com a necessidade do paciente. Os usuários da unidade ainda contam com uma farmácia, que dispensa medicamentos para os casos indicados.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br

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