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CNEN discute estratégias para evitar escassez de Molibdênio 99

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) realiza nesta quarta-feira (19/6) o “Workshop Estratégia Nacional para Garantir Fornecimento de Molibdênio 99 (Mo99) no País.” O radioisótopo é usado para gerar radiofármacos, substâncias necessárias em atividades de Medicina Nuclear, cada vez mais demandadas no Brasil. O encontro ocorre em razão da previsão de crise mundial no fornecimento deste radioisótopo, a partir de 2016.

Apesar de usar o Mo99 em larga escala, o Brasil é totalmente dependente de importação. Em 2009, com a paralisação de um reator canadense que é o principal fornecedor do País, juntamente com a interrupção de funcionamento de reatores na Bélgica e na Holanda, houve uma crise mundial no fornecimento. O Brasil buscou alternativas de importação na Argentina e na África do Sul, mas a área de Medicina Nuclear nacional precisou adaptar-se a uma situação de crise no abastecimento.

O reator do Canadá voltou a funcionar e a crise de 2009 foi contornada. A situação, porém, criou a expectativa de se garantir ao Brasil independência na produção de radioisótopos. O Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) tornará isso possível. O empreendimento, a cargo da CNEN, deverá entrar em funcionamento em 2018, no município de Iperó, no interior de São Paulo.

Porém, o RMB ainda não estará funcionando em 2016, ano no qual está prevista uma crise no fornecimento do Mo99, de acordo com o Grupo de Alto Nível para Segurança de Fornecimento de Radioisótopos Médicos da Agência de Energia Nuclear da Organização para Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (HLG-MR/NEA/OECD), entidade baseada na França, composta por países industrializados. Este foi o cenário que motivou o workshop que ocorre na sede da CNEN, no Rio de Janeiro, a partir das 9 horas desta quarta-feira. Estarão reunidos segmentos relevantes na construção de uma estratégia nacional para enfrentar uma possível crise de fornecimento do Mo99, como órgãos públicos, associações de classe, financiadores e usuários dos serviços de saúde que envolvam radiofármacos.

FONTE: CNEN
http://www.cnen.gov.br/

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