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Conhecer bem o equipamento radiológico que você trabalha e entender a relação entre kV e mAs pode ajudar a reduzir a emissão de doses e melhorar a qualidade das radiografias

thumbnail_1421855904Quando uma empresa vende um equipamento radiológico para um hospital ou uma clínica, a organização envia um especialista até o local para ensinar aos profissionais das técnicas radiológicas sobre a operação do aparelho. Afinal, não adianta ter a melhor tecnologia se as pessoas que vão utilizá-la não souberem explorar e se beneficiar de todas as possibilidades de geração de imagens radiográficas. A busca permanente deve ser pelo melhor radiodiagnóstico possível, por imagens que traduzam tudo o que é necessário ver no corpo do paciente.

Esse especialista a que nos referimos no início da matéria se chama “Application”. Ele tem a função de mostrar para os técnicos e tecnólogos de cada serviço a melhor maneira de utilizar as ferramentas que o sistema oferece, com o objetivo de otimizar o tempo, garantir a qualidade da imagem e reduzir as doses ao menor nível possível.

De acordo com a presidenta do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER) Valdelice Teodoro, a qualidade das informações e treinamento oferecido pelo application determina a eficiência do atendimento aos pacientes. Se houver uma compreensão clara das variáveis, o profissional tem condições de regular o equipamento para as necessidades de cada pessoa que atende.

“Não pode ser corrido, a educação tem que consumir o tempo necessário. Hoje em dia, existe uma gama incrível de informações disponíveis na grande rede. Além de passar por um bom treinamento para aprender a dominar a tecnologia que opera, os técnicos e tecnólogos em Radiologia têm a obrigação de buscar conhecimento e aprender todo dia sobre suas atividades”, opina.

Infelizmente, a busca pelo menor custo e a falta de cuidado com o próximo tem levado à precarização do atendimento em alguns serviços de Radiologia. Principalmente, no interior e nas regiões mais pobres do país. Segundo o assessor educacional do CONTER, doutor João Raimundo Alves dos Santos, ao contrário de ensinar, existem empresas que limitam o conhecimento e promovem o subaproveitamento dos equipamentos radiológicos.

“Ainda predomina uma espécie de lei do menor esforço, a ideia tacanha do ‘não mexa’, ‘deixe como está’, do ‘assim já dá’. Temos que inverter essa lógica, pois os trabalhadores precisam aprender a operar os equipamentos como profissionais de verdade”, defende.

Existem aspectos simples que fazem toda a diferença. Por exemplo, se o profissional aprender de verdade sobre a relação entre o mAs (corrente/tempo de exposição) e o kV (energia/tensão do tubo), vai ter condições de equacionar o equipamento de acordo com a espessura do corpo e as necessidades de cada paciente. Desta forma, vai obter uma imagem radiográfica com o melhor contraste e densidade possível, além de reduzir a emissão de doses de acordo com o Princípio ALARA.

“Nós somos os olhos da medicina, não podemos ser míopes, temos que enxergar adiante. Cada um é responsável por aprender sobre o equipamento que trabalha, para chegar aos melhores resultados possíveis. O comportamento de cada um faz a diferença e determina se ajudamos a salvar ou perder vidas”, finaliza Valdelice Teodoro.

FONTE: CONTER
http://www.conter.gov.br

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