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Diário de Viagem: equipe da SES deixa Baltimore para a segunda fase em Washington

Há três semanas a Secretaria de Estado de Saúde publica em seu site (http://www.saude.rj.gov.br) os relatos da equipe de médicos e enfermeiros que está nos Estados Unidos para aprender normas, protocolos e diretrizes do Shock Trauma Center Adams Cowley, Centro de Trauma da Universidade de Maryland, referência para o atendimento ao presidente norte-americano Barack Obama em casos de emergências. Este treinamento faz parte dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Eles foram selecionados de acordo com experiência na área de traumas e vínculo com alguma unidade de saúde da rede pública estadual.

Depois do período em Baltimore, a segunda etapa da viagem de aprendizado aconteceu em Washington, onde a equipe esteve no Children’s – hospital dedicado à criança. Os médicos já retornaram ao Brasil e os enfermeiros desembarcam em breve.

Três semanas se passaram e saímos de Baltimore com um só pensamento: “Um Time, uma Missão”. Aprendemos muito com todos; e todos se desdobraram para dar o melhor de si em prol de um sonho. Vamos fazer o primeiro Centro de Trauma do estado ser um local de excelência. O grande nome desta viagem foi o Dr Martin, uma pessoa que conseguiu nos despir das nossas vaidades e nos encheu de orgulho e crença.

Aprendemos que para chegar a algum lugar, somente com cooperação, parceria, compromisso e paixão pelo que faz.

O Children’s é um hospital dedicado à criança. Todos os funcionários atuam com perfeito entendimento das suas funções. O primeiro pensamento é a segurança do paciente. Um técnico de enfermagem pode parar um procedimento ou alertar para algo em desacordo às diretrizes estabelecidas. A enfermagem no Children’s é o alicerce do hospital. Os pacientes são deles, é quase como mãe dos doentes, cuja opinião é fundamental em qualquer tomada de decisão, até médica.

(Rogério Casemiro, médico responsável pelo grupo)

Parceria – O convênio com a Universidade de Maryland foi assinado pelo secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes, no fim de 2010. Em 2011, uma equipe da SES esteve na cidade e, no segundo semestre, foi a vez de a equipe norte-americana vir ao Rio de Janeiro. A expectativa é que, ao retornar da viagem, o grupo possa implementar o atendimento de alta qualidade aos pacientes politraumatizados do primeiro Centro de Trauma do Estado do Rio de Janeiro, no Hospital Estadual Alberto Torres e ajudar na criação de outros três centros, nos hospitais estaduais Albert Schweitzer, Getúlio Vargas e Adão Pereira Nunes.

– Eles funcionarão como multiplicadores de conhecimento. A ideia é que todos os trabalhem alinhados com estratégias, normas e protocolos já existentes. Estamos olhando para o futuro, é um preparativo para os eventos esportivos que a cidade do Rio de Janeiro receberá – explica a subsecretária de Unidades Próprias, Ana Lúcia Neves.

Curiosidades e alta tecnologia – Do que conhecerão em Baltimore, os profissionais da SES-RJ vão importar o conceito de Sala Inteligente para implantar no novo Centro de Trauma do Hospital Estadual Alberto Torres. Entre outras tecnologias, essa sela possui tomografia em tempo real, em que o médico, do próprio Centro Cirúrgico, consegue ver o exame sem precisar ser revelado, podendo assim, tomar decisões rápidas sobre procedimentos a serem adotados durante a cirurgia.

– Uma coisa que impressionou a nossa equipe lá foi que o sistema é tão integrado de maneira multidisciplinar, que os funcionários atuam quase que num balé orquestrado. Há casos de ter cinco pessoas numa sala de 9m2, que trabalham ao mesmo tempo e nem se esbarram – destacou Rogério Casemiro, o médico-chefe do grupo.

O grupo poderá conferir ao vivo um robô responsável pela medicação do paciente. O hospital norte-americano utiliza deste sistema em que o robô vai até a farmácia da unidade, pega o remédio e leva até o leito do paciente. Como o robô não pode medicar o paciente sozinho, ele fica lá aguardando o enfermeiro chegar e confirmar que a medicação foi entregue. Se ele não vier, o próprio robô o chama.

– Há robôs também, utilizado por gestores de determinadas áreas, que filmam as dependências do hospital, mas que podem ser guiados via web, de casa – destaca Casemiro.

Importando conhecimento e exportando um modelo – O Rio de Janeiro recebeu pela primeira vez em outubro de 2011 os integrantes da Câmara Temática da Saúde para a Copa 2014, com objetivo de dar continuidade à elaboração do plano de ação em Assistência e Vigilância em Saúde para o evento esportivo. O grupo é formado por representantes do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e das cidades e Estados que receberão os jogos. A Câmara decidiu que o modelo das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)¸ criado em 2007 pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, será levado para outras regiões do país, dando suporte nos atendimentos de urgência a emergência durante o grande evento.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro

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