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Educação sexual chega a 90% dos adolescentes

Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar revela que os jovens estão recebendo mais informações sobre sexo e doenças sexualmente transmissíveis

Os jovens brasileiros estão recebendo mais informações em relação às formas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez não planejada. É o que revela a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2012). O estudo do Ministério da Saúde, realizado em parceria com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apoio do Ministério da Educação, mostra que 89,1% dos adolescentes receberam orientação sobre DST e AIDS e 82,9% informações de como evitar gravidez; 69,7% dos entrevistados também sabiam que era possível adquirir preservativos gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

O estudo também mostra que 28,7% dos jovens já iniciaram a vida sexual, 18,3% das meninas e mais que dobro dos meninos (40,1%). O uso do preservativo na ultima relação sexual esteve presente em 75,3% dos casos. A PeNSE 2012 ouviu cerca de 110 mil alunos do 9º ano do Ensino Fundamental em 2.842 escolas públicas e privadas, em todas as regiões brasileiras, incluindo as capitais e no Distrito Federal. Cerca de 90% dos estudantes tinham idade entre 13 e 15 anos. O lançamento da PeNSE ocorreu nesta quarta-feira (19), no Rio de Janeiro, e contou com a presença do secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, e da presidente do IBGE, Wasmália Bivar.

Para Jarbas, a PeNSE é um importante instrumento para o desenvolvimento de políticas públicas na área da educação e de saúde voltadas aos jovens.  “A exposição a diversos fatores de risco comportamentais tem com frequência início na adolescência, como tabagismo, violência, consumo de álcool e outras drogas. É importante, portanto, conhecer o perfil desses jovens para protegê-los, promover hábitos mais saudáveis e assim evitar o desenvolvimento de doenças crônicas”, afirmou.

Nos últimos três anos, foram distribuídos cerca de 1,3 bilhão de camisinhas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) por todo o país. Qualquer pessoa pode retirar o preservativo, sem precisar apresentar qualquer tipo de identificação.  Os jovens recebem apoio e informação de profissional para que possam escolher o método contraceptivo mais adequado.

Outro destaque importante é a oferta de testes rápidos de gravidez na atenção básica, iniciativa prevista na Rede Cegonha. Muitas adolescentes procuram as UBS para realizar o exame e tirar dúvida se estão ou não grávidas.  A ampliação do teste rápido para todo o Brasil nas unidades de saúde é uma oportunidade excelente para orientá-las para que ela possa exercer sua sexualidade com responsabilidade. O Ministério da Saúde também disponibiliza gratuitamente nas Unidades de saúde pílulas anticoncepcionais, injeção de hormônios e DIU na rede pública. No programa Aqui tem Farmácia Popular é disponibilizado a preço popular os contraceptivos orais e injetáveis.


Mais de 56 mil escolas já são atendidos pelo PSE

O Programa Saúde na Escola já levou orientações de saúde a 12 milhões de estudantes. A parceria entre os ministérios da Saúde e Educação permite que, em sala de aula, sejam abordados conteúdos como uso de preservativo, violência, álcool e drogas a adolescentes. Cerca 56 mil escolas de 2.495 municípios são atendidos pelo PSE. Além disso, são disponibilizados preservativos masculinos no ensino médio.

Os jovens que participam do Programa, também recebem a Caderneta do Adolescente. O documento traz orientações diversas sobre essa fase da vida, como a evolução do corpo feminino e masculino da infância à vida adulta, prevenção da violência sexual, sexo seguro.  O material também auxiliar os pais a entender que as transformações que ocorrem com seus filhos, incluindo na sexualidade, são normais. Mais de 11 milhões de cadernetas já foram distribuídas para 3.165 municípios em 26 estados e no DF. Quem quiser pode baixá-la na Internet: para meninos e para meninas.

No Brasil, 97,4% das crianças na faixa etária de 6 a 14 anos e 87,7% na faixa etária de 15 a 19 anos de idade estão matriculados na escola, independentemente da classe de rendimento mensal. As ações do PSE são realizadas ao longo do ano letivo.


Cerca de 80% dos adolescentes nunca fumaram

Para as capitais, entre 2009 a 2012, o percentual de adolescentes que experimentaram o cigarro caiu de 24,2% para 22,3%, o que significa uma queda real de 8%. Ações de combate ao tabaco estão entre as prioridades do Governo Federal e uma série de medidas para reduzir a atratividade, sobretudo entre jovens, do cigarro vem sendo liderada pelo Ministério da Saúde, como a limitação de publicidade do tabaco, a proibição de patrocínio de eventos culturais pela indústria e a inserção de imagens de advertência sobre as consequências do hábito de fumar nas carteiras de cigarro, e a comercialização de cigarros com sabor, preferido entre adolescentes brasileiros.

ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS – O consumo de álcool aumenta o risco de violência e acidentes, uma das principais causas de mortalidade em adolescentes e adultos jovens brasileiros. Além disso, o uso de bebida alcoólica está associado ao sexo desprotegido que pode levar a uma gravidez indesejada e a um aumento da vulnerabilidade de adquirir as DSTs/AIDS.   Episódios de embriaguez foram relatados por 21,8% dos estudantes e 10% relataram ter tido problemas com suas famílias ou amigos, faltaram às aulas ou se envolveram em brigas, porque tinham bebido.

Outro dado preocupante é a experimentação de drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança perfume, ecstasy): 7,3%.  Entre os jovens com 15 anos, 2,6% usaram drogas antes dos 13 anos de idade. O uso de drogas ilícitas está relacionado a uma série de problemas, incluindo baixo desempenho escolar ou abandono da escola, envolvimento com violência e comportamentos depressivos. O uso de crack foi relatado 0,5%.

CRACK, é possível vencer – O Ministério da Saúde investiu R$ 840 milhões na implantação das ações do Programa “Crack, É Possível Vencer!” em todo o País. Até o momento, 18 unidades federativas e 48 municípios com mais de 200 mil habitantes já aderiram ao programa. Os recursos são destinados à implantação ou qualificação de Consultórios na Rua, Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), Unidades de Acolhimento (UA) e na criação de leitos em enfermarias especializadas em saúde mental, em UA e em CAPS. Desde o início do programa foram criados 914 novos leitos nesses serviços.

Em todo o País, foram habilitados e estão em funcionamento 32 CAPS AD III, 18 Unidades de Acolhimento, e 45 Consultórios na Rua.  A Rede de Saúde Mental conta hoje com 1981 Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). Juntos eles podem realizar 40,15 milhões de atendimentos por ano. Desse total, os CAPs Álcool e Drogas podem realizar mais de 7,8 milhões a cada 12 meses (em 2011 essa capacidade era de 6,2 milhões de procedimentos – aumento de 25%). Ao todo, o Ministério da Saúde vai investir R$ 2 bilhões até 2014 nas ações do programa.


Cai consumo de guloseimas em 16% entre os jovens

Cerca de 70% dos jovens consomem feijão, 43,4% hortaliças e 51,5% tomaram leite em cinco ou mais dias na semana. A novidade fica por conta da redução de 16,3% para consumo de guloseimas (balas, confeitos, doces, chocolates, sorvetes e outros) e de 4,8% de refrigerante. No entanto, 41,3% dos jovens comem guloseimas; 35,1% biscoitos e 33,2% refrigerantes cinco ou mais dias na semana.

Também foi investigada a existência de cantinas e pontos alternativos de venda dentro das escolas, e os alimentos neles comercializados. Enquanto os salgados de forno estavam disponíveis para 39,2% dos estudantes, as frutas frescas ou salada de frutas estavam disponíveis para apenas 10,8%. Já nos pontos alternativos predominavam as guloseimas (balas, confeitos, doces, chocolates, sorvetes e outros), disponíveis para 33,4% dos escolares, enquanto as frutas frescas eram disponibilizadas para apenas 3,5% deles.

O Ministério da Saúde firmou parceria com a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) para promover hábitos mais saudáveis à alimentação dos estudantes das instituições de ensino privado. A inciativa prevê a distribuição do Manual para Cantinas Escolares Saudáveis e oferta de curso online para profissionais da área da educação.

A atividade física está presente no cotidiano dos estudantes entrevistados, 30,1% praticam, em média, uma hora de atividade física diária, nível recomendado pela Organização Mundial de Saúde. A importância de desenvolver hábitos de alimentação saudável e promover a atividade física entre crianças e adolescentes para a manutenção desses comportamentos na vida adulta e consequente redução de risco de doenças crônicas e obesidade, que já atinge quase metade da população adulta brasileira.

FONTE: Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br

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