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Em um ano, Estado amplia em mais de 200% o número de mamografias realizadas

Inaugurado em dezembro de 2011, Rio Imagem já fez diferença neste resultado

O câncer de mama deve fazer 52.680 novas vítimas no Brasil em 2012. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA) ainda prevê que o Rio de Janeiro terá a maior taxa do país, com 94,93 casos para cada 100 mil mulheres. Para controlar o aumento de ocorrências, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) pretende estimular a realização de radiografias de mama com o objetivo de conter a doença no início, através do diagnóstico precoce e do rastreamento entre mulheres saudáveis.



– Ainda que os nódulos não sejam notados é importante fazer a prevenção através da mamografia. Quando a doença está no começo e a lesão é bem pequena, o tratamento é mais eficiente. Em caso de anormalidade, a paciente deve buscar prontamente o serviço de saúde – informa Risoleide Figueiredo, coordenadora da área de Detecção Precoce e Vigilância do Câncer da SES.

Rio Imagem e Hospital da Mulher contribuiram – Em 2011, foram realizadas 16.607 mamografias no Hospital Estadual Heloneida Studart e no Rio Imagem, as duas unidades que fazem o exame na rede estadual. O número representa um acréscimo de 247% em relação ao ano anterior. Só no Rio Imagem foram feitas 1.712 mamografias, inclusive com biópsia. A unidade, inaugurada em 9 de dezembro do ano passado, atingiu a marca em pouco mais de 40 dias de funcionamento.

Ainda está previsto para março deste ano a aquisição de um segundo aparelho de ressonância magnética no Rio Imagem, indicado para detectar tumores em mamas densas (de pacientes jovens ou submetidas a radioterapia) e mulheres com prótese de silicone. O diagnóstico é inédito na rede pública estadual. Com o novo equipamento, avaliado em R$ 2,5 milhões, a unidade será capaz de realizar 1.700 exames por mês.

Faixa etária maior para facilitar o diagnóstico – Para detectar precocemente o câncer, a Secretaria de Estado de Saúde vai ampliar a faixa etária recomendada para a realização da radiografia da mama, incentivando o exame bienal acima dos 40 anos para pacientes com lesões não palpáveis. Dez anos a menos da idade sugerida pelo Ministério da Saúde. Para mulheres com histórico familiar de câncer, a recomendação é que esse grupo receba acompanhamento médico e faça mamografia anualmente a partir dos 35 anos.

Também conhecida como a doença silenciosa, o câncer de mama muitas vezes surge sem alarde. Foi assim com a farmacêutica F., de 32 anos. Durante o banho, ela sentiu uma pequena anormalidade no seio direito e procurou um ginecologista. Porém, como a paciente não se enquadrava em nenhum dos casos de risco, o médico apenas prescreveu uma medicação para dissolver o nódulo. Como não houve melhora, F. foi então a um mastologista. Já na primeira consulta, o especialista pediu uma mamografia, que revelou o diagnóstico: câncer. Infelizmente, a demora para a correta avaliação fez com que o problema se alastrasse, restando como única opção à F. a retirada da mama.

– Cada vez mais cedo surgem casos de câncer de mama em mulheres sem histórico ou qualquer outro sinal de risco justificável. São pessoas ativas, a maioria na faixa dos 40 anos, no auge da vida. Elas são pegas de surpresa pela doença inesperada e perdem o rumo – informa a psicóloga Jussara Maria da Silva, coordenadora do Clube das Amigas da Mama, em Mesquita. O grupo atende cerca de quarenta mulheres que passaram pela mastectomia radical. “Recebemos pessoas abaladas emocionalmente e procuramos dar um novo significado a vida delas. É uma doença cruel. Estar com câncer é como ter sempre uma espada sobre a cabeça.”

Fatores da doença – Além da faixa etária, outros fatores também estão relacionados ao surgimento da doença, como hereditariedade, alta densidade da mama e problemas associados ao ciclo reprodutivo da mulher. Primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos ou não ter filhos – mulheres que se encaixem nesses perfis devem buscar orientação médica. Outros motivos ligados ao estilo de vida também podem levar ao câncer. Nesse caso, o alerta fica por conta de fatores como obesidade pós-menopausa, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e terapia de reposição hormonal e até estresse.

– A adoção de hábitos saudáveis e uma prática diária de exercícios físicos podem prevenir a doença. Vale a pena manter uma dieta equilibrada, com frutas, verduras e cereais, além de reduzir o consumo de sal e açúcar no dia a dia – explica Risoleide. Segundo pesquisa do INCA, através de uma alimentação balanceada e a prática atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de desenvolver câncer de mama.


FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro

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