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Esquizofrenia: saiba como diagnosticar e tratar

Doença complexa, a esquizofrenia pode ser confundida com outros transtornos mentais. Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro oferece tratamento para pacientes com esta doença

saude_mental2E esquizofrenia é uma doença grave e, na maioria das vezes, desconhecida por quem a tem. Ainda sem cura, pode ser confundida com outros transtornos mentais como depressão profunda e bipolar, por seus sintomas parecidos. A doença é mais comum do que se imagina: no Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro (CPRJ), entre 30% e 40% dos pacientes atendidos têm este diagnóstico. Os pacientes tem atendimento com equipe multidisciplinar formada por médicos, psiquiatras, psicólogos, além de opções de tratamento por meio de psicoterapia, terapia ocupacional e terapia farmacológica.

 De acordo com o coordenador de Emergência do CPRJ, o psiquiatra Leonardo Dias, a doença geralmente começa cedo, na juventude, tendo sintomas como delírios, alucinações, dificuldade de expressar emoções, comportamento hiperativo ou perda de energia, desorganização de pensamentos, entre outros. A pessoa esquizofrênica também pode apresentar alterações sensoperceptivas, principalmente “ouvir vozes”. Tal sintoma é identificado, mais facilmente, ao perceber solilóquios (falar sozinha) e baixo (mussitação).

– Acontece de haver até crimes motivados por pessoas que tem surto psicótico decorrente da doença. Ficam agressivas, hiperativas, impulsivas, cometendo ações extremas, sem nenhum planejamento e com pessoas muito próximas. Pessoas com este quadro devem ser levadas a alguma unidade especializada em saúde mental ou em algum Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), assim que apresentarem estes sintomas. O tratamento é fundamental – explica Dias.

CPRJ – O instituto realiza um trabalho no tratamento de pacientes com transtornos mentais, com a meta de criar maior integração e qualidade de vida para eles e suas famílias. São realizados aproximadamente 5,5 mil atendimentos ao mês. O Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro está localizado na Praça Coronel Assunção, s/n, no bairro da Saúde.

Mais informações pelo telefone (21) 2332-5676.

Saiba como buscar atendimento em sua cidade – Estima-se que 12% da população necessitem de cuidados em saúde mental; dos quais 3% são cuidados contínuos em função de transtornos mentais severos e persistentes (psicoses, neuroses graves, transtornos de humor grave ou deficiência mental grave com dificuldade de adaptação) e 9% na forma de cuidados médicos-psicológicos, aconselhamentos, grupos de orientação ou outras formas de abordagem em função de transtornos mentais considerados leves.

A Superintendência de Saúde Mental destaca que, para atendimento na rede de atenção psicossocial, a população deve procurar a Atenção Básica para a primeira avaliação e caso haja necessidade de encaminhamento para serviço especializado será referenciado para os Capsi ou Caps II ( ambas unidades das redes municipais ) ou ambulatório especializado.

Os Centros de Atenção Psicossocial estão organizados nas seguintes modalidades:

1. CAPS I: unidade da rede municipal que atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, de todas as faixas etárias. Parâmetro: indicado para Municípios com população acima de 20.000 habitantes.

 2. CAPS II: unidade da rede municipal que atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, podendo também atender pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, conforme a organização da rede de saúde local. Parâmetro: indicado para Municípios com população acima de 70.000 habitantes.

 3. CAPS III: unidade da rede municipal que atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Proporciona serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPS AD. Parâmetro: indicado para Municípios ou regiões com população acima de 200.000 mil habitantes.

 4. CAPS AD II: unidade da rede municipal que atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Serviço de saúde mental aberto e de caráter comunitário. Parâmetro: indicado para Municípios ou regiões com população acima de 70.000 habitantes.

 5. CAPS AD III: unidade da rede municipal que atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades de cuidados clínicos contínuos. Serviço com no máximo doze leitos leitos para observação e monitoramento, de funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana. Parâmetro: indicado para Municípios ou regiões com população acima de 200.000 habitantes.

 6. CAPSi: unidade da rede municipal que atende crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes e os que fazem uso de crack, álcool e outras drogas. Serviço aberto e de caráter comunitário. Parâmetro: indicado para municípios ou regiões com população acima de 150.000 habitantes.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br

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