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Hospital Miguel Couto terá mais recursos e unidade de AVC

Ministro Alexandre Padilha anuncia que serão liberados mais investimentos para um dos maiores prontos-socorros da cidade do Rio de Janeiro
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira (24) a liberação de R$ 12 milhões para o município do Rio de Janeiro para aplicação nas Coordenações Operacionais Regionais de Emergência (CORE) e de mais investimentos para o Hospital Municipal Miguel Couto para a aquisição de equipamentos que vão agilizar e qualificar o atendimento cirúrgico, dentro da ação S.O.S Emergências. Os recursos vão auxiliar na organização da rede de urgências do município, abrindo mais leitos de retaguarda. Uma unidade da CORE que está sendo construída pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil anexa ao Miguel Couto – com previsão de inauguração no fim do primeiro semestre do ano – dividirá os atendimentos de emergência com o hospital, oferecendo mais 35 leitos de UTI para a Rede Municipal e criando condições para a unidade reorganizar seu espaço físico.  Com isso, novos leitos para internação e uma sala especializada para o atendimento de pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC) também serão abertos no Miguel Couto, conforme previsto no plano de ação do S.O.S Emergências.
 
“Algumas ações imediatas de grande impacto já vêm sendo aplicadas no Miguel Couto, como a organização do acolhimento e da classificação de risco na emergência. Agora estamos prontos para medidas mais estruturantes. O desafio é construirmos uma rede de leitos de retaguarda. Hoje, nós conseguimos salvar mais vidas, mas muitas vezes as pessoas ficam internadas em locais não adequados por falta dos leitos de retaguarda”, disse Padilha. Ele acrescentou que com a abertura da CORE haverá mais ofertas de leitos de UTI. “Assim poderemos abrir mais salas para a internação dos pacientes no Miguel Couto”. O ministro visitou o hospital para conhecer o diagnóstico do S.O.S Emergências sobre as principais dificuldades da unidade.
 
ATENDIMENTO – Com a abertura da CORE e a distribuição dos atendimentos de emergência, está prevista uma reorganização do espaço físico do pronto-socorro do Miguel Couto. A sala de reanimação, hoje no segundo andar do prédio, será transferida para o térreo, a fim de facilitar o acesso. No segundo andar será então montada a unidade especialmente para atendimento dos pacientes com acidente vascular cerebral. O ministro anunciou também a implantação, até julho, de sistema informatizado, que concentrará desde dados dos pacientes a informações sobre material e insumos. E a rede de atenção domiciliar – Melhor em Casa –, que hoje conta no município com sete equipes, também deverá ser ampliada, possibilitando a alta de pacientes internados, que passam a ser acompanhados em casa.
 
“Sempre digo que o S.O.S Emergências tem dia para começar, mas não tem dia para acabar. Estamos enfrentando as dificuldades, mas ainda temos muito que avançar. Queremos entregar ao povo um Miguel Couto muito melhor”, concluiu o ministro.
 
O secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, que acompanhou a apresentação do diagnóstico, destacou que a rede municipal vem passando no último ano pela maior ampliação de leitos, e que o apoio do Ministério da Saúde é muito bem-visto. Ao todo, são cerca de 500 novos leitos em unidades em construção em todas as regiões da cidade, como as COREs e o Hospital da Mulher de Bangu.
 
SITUAÇÃO – O diagnóstico elaborado pelo Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH), formado por profissionais da unidade e do Ministério da Saúde, confirmou a avaliação realizada anteriormente pela Secretaria Municipal de Saúde sobre localização inadequada da sala vermelha (reanimação) da emergência, a informatização incipiente, a permanência prolongada de pacientes nas salas da emergência; e o retorno de pacientes internados à emergência por agravamento do quadro, além da demora na realização de cirurgias sem indicação de emergência. Também foi registrada a insuficiência de vagas em UTI, em unidades intermediárias e semi-intensiva.
 
O relatório apontou ainda as dificuldades de encaminhar pacientes oncológicos, urológicos, de cirurgia vascular e traumato-ortopédicos para serviços de referência ou de reabilitação na rede Sistema Único de Saúde (SUS), apontando a necessidade de uma rede regulada de hospitais estaduais, federais, universitários e institutos especializados, como o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into). Algumas das dificuldades apontadas no diagnóstico já começam a ser enfrentadas pelas medidas levantadas no plano de ação.
 
INVESTIMENTOS – O Miguel Couto já havia assinado convênio de R$ 3 milhões com o Ministério da Saúde para a aquisição de equipamentos. Ainda pelo S.O.S Emergências estão previstos recursos de R$ 3,6 milhões, em 12 parcelas de R$ 300 mil para custear as ações de melhoria no hospital. O valor dos novos investimentos anunciados nesta sexta-feira ainda não foi definido e dependerão do projeto para aquisição dos equipamentos cirúrgicos a ser apresentado pelo hospital ao Ministério da Saúde.

ESTRATÉGIA – O S.O.S. Emergências é uma ação estratégica do Ministério da Saúde, lançada em 2011, com o objetivo de qualificar e melhorar o atendimento das principais emergências que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ela integra a Rede Saúde Toda Hora e, além do Miguel Couto, foi implantada no Hospital Estadual Albert Schweitzer, também no Rio de Janeiro, que será visitada neste sábado (25) pelo ministro Padilha.

Todos os hospitais selecionados são referências regionais, possuem pronto-socorro e realizam grande número de internações e atendimentos ambulatoriais. A meta é que até 2014 o S.O.S Emergências atinja os 40 maiores prontos-socorros brasileiros, em 26 estados e no Distrito Federal. 

FONTE: Ministério da Saúde

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