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Plataforma CarpeDIEN de informações em energia nuclear integra ranking mundial de repositórios institucionais digitais

A plataforma CarpeDIEN – Dados e Informações em Energia Nuclear do Instituto de Engenharia Nuclear, unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) no Rio de Janeiro, integra desde o final de julho o ranking mundial de repositórios digitais produzido pelo Cybermetrics Lab. Trata-se de um grupo vinculado ao Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC, na sigla em espanhol), a maior organização pública de pesquisa daquele país.

O objetivo do ranking, que reúne cerca de dois mil repositórios produzidos por instituições de pesquisa no mundo inteiro, é apoiar iniciativas de acesso aberto a publicações científicas e outros materiais acadêmicos disponibilizados em formato digital, além de fornecer indicadores para medir a visibilidade e o impacto desses repositórios.

Com a base CarpeDIEN – uma das poucas dedicadas exclusivamente ao conhecimento produzido na área nuclear – já são 45 as instituições brasileiras participantes do ranking de repositórios, dentre as quais a USP, a Fiocruz e a Embrapa, bem como institutos de pesquisa vinculados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, como o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI).

Os repositórios digitais institucionais são bases de informação criadas de acordo com tecnologias e padrões adotados internacionalmente e têm como finalidade promover a preservação, curadoria e disseminação da memória digital técnico-científica produzida por uma instituição, explica Luana Sales, responsável pelo Setor de Biblioteca e Informação Científica do IEN e uma das idealizadoras da plataforma CarpeDIEN.

A escolha do nome de batismo da base CarpeDIEN brinca com a sonoridade e com o sentido da expressão de origem latina carpe diem (“aproveitar o momento presente”), convidando a usufruir o conhecimento produzido pelo IEN. Além disso, sintetiza o princípio que orientou a criação da plataforma e o diferencial buscado em relação a outros repositórios nacionais, ou seja, o de permitir o aproveitamento máximo da produção técnica e científica gerada pelo instituto.

Como explica Luana Sales, a plataforma CarpeDIEN é um ambiente tecnológico favorável ao desenvolvimento do conceito de publicação ampliada – uma definição que vincula documentos técnicos e científicos já publicados com os próprios dados gerados pela atividade de pesquisa desenvolvida no Instituto de Engenharia Nuclear.

“A ideia é que essa plataforma possa futuramente vincular dados de pesquisa a publicações acadêmicas, tais como artigos e teses, por meio de relações semânticas”, afirma Luana, que recentemente propôs esse modelo na sua tese de doutoramento em Ciência da Informação. Os dados gerados pela pesquisa são parte integrante da investigação científica e um fator imprescindível na cadeia de inovação, uma vez que podem ser reutilizados em novos desenvolvimentos ou em hipóteses alternativas não previstas inicialmente, avalia a pesquisadora.

Por essas características, a base CarpeDIEN promete revelar-se uma importante ferramenta para a gestão do conhecimento. Além de permitir o acompanhamento da produção científica institucional, os dados e conjuntos de dados de pesquisa fornecem as evidências necessárias para conferir veracidade, autenticidade e capacidade de reprodutibilidade ao corpo de conhecimento publicado nos periódicos, conclui Luana Sales, que no início de setembro coordena evento organizado pelo IEN com pesquisadores da área sobre esses e outros aspectos da gestão do conhecimento.

FONTE: CNEN
http://www.cnen.gov.br

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