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Rodas de conversa marcam a Semana da Amamentação em Teresópolis

Com o slogan ‘Amamentação e trabalho: vamos fazer funcionar’, será realizada de 1 a 7 de agosto a SMAM – Semana Mundial da Amamentação 2015, uma realização da WABA (Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação) e Ibfan (Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar), com o apoio do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria. O tema, sobre mulheres trabalhadoras que amamentam, revive a campanha da SMAM de1993 sobre a iniciativa de um local de trabalho amigo das mães trabalhadoras.

Em Teresópolis, serão intensificadas neste período as rodas de conversa nas unidades de estratégia de saúde da família, com a proposta de envolver o maior número de grupos e pessoas de diversas idades possíveis. A campanha é coordenada pela Divisão de Programas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, que tem à frente a pediatra Maria da Conceição Monteiro Salomão, que há 25 anos incentiva a prática do aleitamento materno em Teresópolis.

Desde o início da década de 1990, Teresópolis investe em estratégias de conscientização e de mobilização de gestantes e da sociedade, alertando para a importância da prática do aleitamento materno. O município possui quatro postos com o título de Unidade Básica Amiga da Amamentação, política pública do Governo do Estado voltada para a atenção básica. São eles o Centro Materno Infantil, na Várzea, e as unidades da Estratégia de Saúde da Família da Barra do Imbuí, de Venda Nova e de Vargem Grande.

Entre as mais recentes estratégias de sucesso para a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no município estão o Centro de Lactação e Posto de Coleta de Leite Humano, entregues oficialmente à população em agosto de 2011. As duas unidades foram implantadas graças à parceria firmada entre a Prefeitura, o Programa de Assistência Comunitária do Consulado do Japão no Rio de Janeiro e Rotary Club, contando ainda com a cooperação técnica do Banco de Leite do Instituto Fernandes Figueira.

Funcionando no Centro Materno Infantil, localizado no prédio da antiga Casa de Saúde Nossa Senhora de Fátima, na Várzea, o posto em como objetivo ajudar a suprir a demanda de leite materno no município, bem como apoiar e orientar as mães que tenham dificuldades quanto à amamentação. Todo o leite coletado é enviado ao Banco de Leite do Instituto Fernandes Figueira, no Rio de Janeiro, unidade de referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde é processado e qualificado. Depois de pasteurizado, o produto está pronto para servir de alimento para prematuros e crianças internadas com necessidades especiais.

EDITORIAL SMAM 2015

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as crianças recebam somente leite materno até os seis meses de idade e, de forma complementar, até os dois anos. Por isso, é importante todo tipo de apoio às mães que amamentam.

São muitas as pesquisas demonstrando que a amamentação fortalece o vínculo mãe-bebê-família, protege a criança contra várias doenças, melhora o desenvolvimento da cavidade bucal, resultando na formação de dentes mais bonitos, proporciona menos problema de fala, respiração e mastigação e também ajuda a proteger a mãe contra o câncer de mama e de ovário.

Milhares de mulheres no Brasil não encontram apoio para manter a amamentação depois que retornam ao trabalho e, como consequência, desmamam seus bebês antes do período recomendado. Esta interrupção diminui a proteção da criança contra doenças e eleva as chances de maior ausência das mães do seu local de trabalho para cuidar de seus filhos.

O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria lançaram a estratégia “MULHER TRABALHADORA QUE AMAMENTA”, com três eixos de ação: salas de apoio à mulher trabalhadora que amamenta; a extensão da Licença Maternidade – Empresa Cidadã – Lei federal 11.770, e creche no local de trabalho (para empresa com mais de 30 mulheres em idade fértil) ou auxílio-creche.

Algumas empresas e instituições já aderiram ao projeto, ampliando a licença maternidade para seis meses e criando um lugar apropriado para a trabalhadora que amamenta esvaziar as mamas durante a jornada de trabalho, permitindo que ela possa levar para casa o leite retirado e oferecer ao seu filho posteriormente. Este tipo de iniciativa beneficia a dupla mãe-criança e também a empresa, que ao dar maior conforto e valorizar as necessidades das mulheres, facilita uma maior adesão ao emprego e passa a ter uma imagem mais positiva perante os funcionários e a sociedade.

A estrutura para implantar as salas de apoio não é complexa. Essencialmente, o local precisa garantir privacidade à mulher, ter um lavatório para os cuidados de higiene das mãos e dos seios, um freezer, mesa e cadeira. Todos os critérios para a implantação das salas de apoio estão contemplados na Nota Técnica Conjunta nº 01/2010, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa/MS).

São objetivos da SMAM 2015:

  1. Promover o apoio multidimensional de todos os setores para possibilitar às mulheres, em todos os lugares, trabalhar e continuar amamentando.
  1. Reforçar as ações dos empregadores para que os locais de trabalho se tornem amigos da família/pai/companheiro/bebê e mãe, facilitando e apoiando ativamente as mulheres trabalhadoras para que continuem a amamentar.
  1. Informar as pessoas sobre os avanços mais recentes dos direitos de Proteção à Maternidade a nível mundial, e aumentar a conscientização sobre a necessidade de fortalecer a legislação nacional e sua implementação.
  1. Apresentar, facilitar e reforçar práticas de apoio que possibilitem às mulheres que trabalham no setor informal a amamentarem.
  1. Envolver e formar parceria com grupos-alvos específicos, por exemplo, sindicatos, organizações de proteção dos direitos do trabalhador/da mulher, grupos de mulheres e grupos de jovens, para proteger os direitos da amamentação das mulheres pelos locais de trabalho.

Maria da Conceição M. Salomão
Divisão de Programas de Saúde
Secretaria Municipal de Saúde

FONTE: Prefeitura Municipal de Teresópolis
http://www.teresopolis.rj.gov.br

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