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Secretaria de Saúde descarta epidemia de dengue em todo o estado

Por enquanto, Rio de Janeiro e Niterói são as únicas cidades que decretaram epidemia da doença

Apesar do recente anúncio de epidemia de dengue nos municípios do Rio de Janeiro e Niterói, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) ressalta que não há indícios para decretar situação semelhante em todo estado. De acordo com o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES-RJ, Alexandre Chieppe, os números de casos da doença registrados até o momento ainda não indicam um quadro epidêmico nos demais municípios do Rio. 

O superintendente explica que uma epidemia é decretada a partir de uma análise técnica, baseada em um conjunto de fatores. A caracterização do quadro epidêmico ocorre quando são registrados mais de 300 casos por 100 mil habitantes, mas não é só. Também são levadas em consideração a taxa de incidência em determinado período de tempo, a abrangência de transmissão em um mesmo local e a série histórica da cidade.

– Devido à grande densidade populacional, a capital e a região metropolitana são as áreas mais vulneráveis. Principalmente porque este fator contribui muito para a transmissão da doença. Mas todo o estado do Rio de Janeiro deve permanecer em alerta, já que a entrada do tipo 4 deixa todas as regiões em alto risco – afirma Chieppe.

Até a 18ª semana epidemiológica, o estado registra 83.053 casos de dengue. Estas notificações foram provocadas pelo avanço do tipo 4, presente principalmente na capital fluminense, em Niterói, São Gonçalo e seis dos 11 municípios da Baixada Fluminense. O vírus é responsável pelo crescente número de casos, porque grande parte da população é vulnerável à doença. Ainda assim, o estado apresenta uma queda de 30% no número de casos. Em 2011, no mesmo período, foram registrados 117.994 casos.

Menos óbitos e menos casos na Baixada Fluminense – Este ano, a queda foi ainda maior com relação ao número de óbitos: 74% em todo o estado. Até o momento, foram registrados 17 óbitos, enquanto que, no mesmo período em 2011, foram 66 vítimas fatais.  Na Baixada Fluminense, região que historicamente registra altos índices de incidência da doença, este ano, apresentou queda de 71% no número de notificações na comparação com igual período de 2011. Até agora, foram registrados pelos municípios 6.071 casos de dengue e uma morte. Na mesma época, em 2011, o vírus atingiu 21.020 pessoas e levou 23 a óbito. 

Ações preventivas – Em virtude do crescente número de notificações de casos de dengue, a Secretaria de Estado de Saúde vem montando centros de hidratação para tratar de pacientes com a doença. Eles estão localizados em Angra dos Reis (4), Irajá (1), Niterói (6), Nilópolis (3), Nova Iguaçu (2), São Gonçalo (2) e Valença (1). Cada um tem capacidade para realizar até 200 atendimentos por dia.  Para conter o número de vítimas fatais, a SES também tem investido na organização de uma rede de hospitais com leitos de retaguarda para pacientes com sinais de gravidade da doença, capacitação de profissionais de saúde e a padronização de um prontuário de atendimento para pacientes com dengue.

Além disso, desde 2011, gestores municipais são orientandos a estruturar uma resposta coordenada à dengue. As prefeituras são guiadas a elaborar mapas de risco, metas de visita de imóveis pelos agentes de endemia, prazo para investigação de óbitos e notificação de casos. Além disso, o Plano de Contingência Estadual está pronto para ser utilizado caso o número de casos de dengue comece a aumentar no estado. No plano, está prevista a utilização de medicamentos e outros insumos para a estruturação de centros de hidratação, hospitais de campanha e equipamentos de ultra baixo volume (carros fumacê).

Para saber a localização dos polos e centros de hidratação de dengue, visite o site http://www.riocontradengue.com.br

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br/

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