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Transferência de pacientes do Iaserj é feita com segurança e apoio de junta médica

Familiares foram informados e visitaram na manhã de sábado (14) os novos leitos de UTI que passaram de 12 para 24. Governo do Estado reafirma seu compromisso de investir na saúde pública e coletiva

O processo de transferência de pacientes e serviços do Hospital Central do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj) teve início neste fim de semana. Para realizar a migração, foi montada uma ação conjunta envolvendo mais de 40 profissionais entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais, equipe de humanização e bombeiros. Uma junta médica analisou prontuários, exames e o estado clínico de cada paciente para determinar a condição de transferência. Dos 12 leitos de UTI existentes na unidade, onze estavam ocupados. Dez foram levados para os 24 novos leitos de UTI, construídos no Hospital Estadual Getúlio Vargas para este fim. O 11o. paciente internado, com múltiplos infartos e AVCs, não tinha condições de uma remoção segura e permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital do Iaserj.

Um outro paciente que estava internado em leito comum da unidade, foi avaliado pela junta médica comoindicativo para UTI e também foi levado para o HEGV. A equipe do Getúlio Vargas recebeu todos os onze pacientes, fez nova avaliação na chegada e concluiu que a transferência foi um sucesso, segura e não alterou o quadro clínico destes pacientes.

Esta semana a Justiça suspendeu a liminar emitida em junho, autorizando a remoção dos internados na unidade e a desativação dos serviços no Hospital Central do Iaserj.


A cessão do terreno do Hospital Central do Iaserj ao Instituto Nacional de Câncer foi feita pelo Governo do Estado em 2008 e, desde então, o cronograma de migração do serviço foi discutido entre Governos Federal e Estadual, servidores, associações de pacientes e de moradores do entorno do atual Iaserj. Dois motivos levaram Governos Federal e Estadual a essa decisão. O primeiro deles, o aumento da demanda por tratamento de câncer à população do Rio de Janeiro e a consequente necessidade de ampliar a capacidade de atendimento do Inca. O segundo, o fato de desde 1999 o servidor do Estado do Rio de Janeiro não mais contribuir para a manutenção do Iaserj, levando a uma redução drástica de produtividade na unidade Central. A função do Estado é investir os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) na saúde coletiva e não exclusiva de grupos de profissionais.

Familiares informados – Na manhã de sábado (14), todos os familiares dos pacientes internados na UTI do Iaserj foram convidados a conhecer as instalações do Hospital Estadual Getúlio Vargas. Os que compareceram foram recebidos pelo diretor-geral Carlos Henrique Ribeiro, pelo chefe de Terapia Intensiva, Rogério Silveira, e pela responsável pela Coordenação de Humanização da SES, Fabiani Gil. O encontro serviu também para esclarecer dúvidas dos familiares, que mostram-se satisfeitos e tranquilos, após constatarem a boa estrutura do hospital e acolhimento humanizado. A obra de instalação dos novos leitos de UTI foi concluída este mês e lá os pacientes terão em uma estrutura mais possibilidades de atendimento, como equipes de neurocirurgia, que não existiam no Iaserj e são referência no HEGV.

Os demais pacientes internados na enfermaria do Iaserj, também tiveram suas famílias informadas. Os parentes que compareceram ao Hospital foram recebidos pela equipe de humanização, receberam todos os esclarecimentos e puderam escolher entre as vagas existentes na rede. Trinta e um pacientes de enfermaria e do pronto-atendimento (SPA) foram levados para as seguintes unidades: Hospital Estadual Albert Scweitzer, Hospital Estadual Carlos Chagas, Hospital Estadual Eduardo Rabelo (Iaserj Campo Grande), Hospital Estadual Melchiades Calazans e Hospital São Francisco de Assis.

Ambulâncias – Os pacientes foram transportados em seis ambulâncias avançadas, aparelhadas com respirador, cardioscópio e bombas infusão, próprias para pacientes em estado grave. Outras quatro ambulâncias do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro levaram pacientes de baixa complexidade. As viagens foram monitoradas por médicos e enfermeiros, em sua maioria bombeiros com experiência em resgate.

Presença da Polícia Militar – Em sua decisão, a juíza Simone Lopes da Costa determinou o uso de força policial para garantir a integridade dos pacientes durante a remoção. O Batalhão de Choque da Polícia Militar deu este apoio, de maneira pacífica e garantindo a segurança de todos.

Iaserj segue funcionando em duas unidades – O ambulatório existente no Hospital Central do Iaserj passa a funcionar no prédio Iaserj Maracanã, localizado na Rua Jaceguai, na Tijuca. Para isso, a Secretaria de Estado de Saúde reformou o prédio, que estava desativado. O Governo do Estado também ampliou uma outra unidade do Iaserj, o Hospital Eduardo Rabelo, em Campo Grande. Os 30 leitos existentes inicialmente passaram a ser 120 e a unidade já é referência no tratamento do idoso em todo estado do Rio de Janeiro.

População não perde serviços e ainda ganha leitos – Ao longo desses quatro anos desde a doação do terreno ao Inca, o Governo do Estado fez longo planejamento para que a população usuária do Sistema ünico de Saúde não perdesse nenhum serviço. Os doze leitos de UTI do Iaserj foram dobrados, tornando-se 24 novos leitos no Hospital Estadual Getúlio Vargas. Além disso, os investimentos do Inca no local – da ordem de R$ 500 milhões – garantirão não só mais possibilidades de tratamento de câncer, comotambém farão a revitalização do entorno daregião. Um compromisso que fez parte do acordo.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro recebeu do Governo Federal, como contrapartida, o prédio onde funcionava o antigo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), que até o final do ano abrigará o Hospital Estadual do Cérebro.


FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro 

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