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UPAs ultrapassam 20 milhões de atendimentos

As 52 unidades construídas pelo Governo do Estado já distribuíram 140 milhões de medicamentos e realizaram 18 milhões de exames. Em 2012, os hospitais e as UPAs fizeram, juntos, 3,66 milhões de atendimentos, quatro vezes a mais que o total de atendimentos de emergência em 2006

As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) bateram a marca de 20 milhões de atendimentos nesta quarta-feira (04). Criadas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro e copiadas em todo país, as UPAs têm a função de ajudar a reduzir o grande fluxo de pacientes nas emergências dos hospitais e elas têm cumprido seu papel, alcançando taxa de resolubilidade dos casos atendidos superior a 99%, ou seja, menos de 1% dos pacientes precisou ser removido para outra unidade de saúde. Os resultados não param por aí. Mais de 140 milhões de medicamentos foram distribuídos à população nessas unidades e 18 milhões de exames laboratoriais e de raios-x foram realizados de 2007 pra cá.

As 52 UPAs inauguradas até hoje no estado totalizam 208 leitos em salas de cuidados intensivos, 680 em salas de cuidados semi-intensivos e 413 consultórios. Quem procura o serviço também conta com atendimento de pediatria, odontologia e clínica médica, além de exames laboratoriais, raios-X, sutura, gesso, medicação e nebulização.

Ampliação do acesso à urgência e emergência – Uma das principais portas de entrada de pacientes na rede pública de saúde são as grandes emergências. Além de nove hospitais-gerais já existentes; o Governo do Rio de Janeiro criou as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em maio de 2007. Em 2006, as emergências dos hospitais fizeram 945 mil atendimentos, o equivalente a 2,5 mil por dia. Em 2012, os hospitais e as UPAs fizeram, juntos, 3,66 milhões de atendimentos, o que dá média de mais de 10 mil atendimentos por dia; quatro vezes a mais que em 2006; evidenciando a ampliação do acesso da população à saúde pública.

Mudança de cultura –  A superintendente de Unidades Próprias da Secretaria de Estado de Saúde, Valéria Moll, afirma que a criação das UPAS provocou uma mudanças de comportamento na população, que às vezes não conseguia atendimento e acabava optando pela automedicação.

– Lembro que quando fui coordenadora da primeira UPA, a da Maré, conheci uma senhora, que me agradeceu muito porque tinha ido ao médico pela primeira vez em 60 anos de vida. De acordo com a senhora, ela nunca conseguia ser atendida e sempre acabava se automedicando. Com a criação das UPAs, essa cultura acabou mudando, uma vez que todos podem ter acesso a atendimento de emergência de qualidade – recorda Valéria Moll.

Do RJ para o mundo – As UPAs são encontradas em todas as macrorregiões do estado do Rio de Janeiro. Devido ao sucesso do modelo, as unidades também têm sido replicadas pelo território nacional, fazendo parte das ações do Governo Federal para a saúde pública. O projeto também foi importado fora do país.

– Outra prova de que o modelo assistencial das UPAs vem dando certo é que ele serviu de referência para que o Governo Federal expandisse a ideia a todo o país, inaugurando unidades no Acre, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão, Pará, Sergipe, São Paulo, entre outros estados. As UPAs também ultrapassaram as fronteiras e chegaram à capital da Argentina, Buenos Aires. Há muito tempo que o povo do Rio de Janeiro não via uma política pública criada aqui se tornar um modelo copiado no resto do país e no mundo – destaca o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes.

Atendimento em casos de infarto e Ataque Cerebral – Para ampliar ainda mais a qualidade no atendimento de emergência nas UPAs, a Secretaria de Estado de Saúde criou o projeto PAP-RIO que, em parceria com o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), encaminha pacientes das UPAs vítimas de Infarto Agudo do Miocárdio ao instituto para serem submetidos à angioplastia primária com implante de stent, tratamento de ponta disponível em poucos hospitais do país. Por enquanto, participam do projeto as UPAs Copacabana, Tijuca, Botafogo, Engenho Novo e Penha.

Outro projeto que vem ajudando pacientes atendidos nas UPAs é a aplicação de trombolítico, procedimento não invasivo indicado para casos de Ataque Cerebral – o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. Os pacientes que dão entrada nas unidades de pronto atendimento com sintomas do problema são avaliados remotamente pela Central de Neurologia do Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), que funciona 24 horas, e, caso tenham o perfil de tratamento com trombolítico, são transferidos para o hospital. Na maioria dos casos, as sequelas são revertidas ou diminuídas significativamente.

Em breve este serviço será ampliado, integrando o novo Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, inaugurado no Centro do Rio.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br

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