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Vida nova para paciente infantil do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer

Os nove anos de espera da pequena Maria Clara de Andrade Araújo por uma cirurgia teve um final feliz. Ela recebeu o diagnóstico de uma displasia cortical desde os quatro meses de vida e, agora, após passar por uma cirurgia de sucesso, segue sendo acompanhada no ambulatório do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC). A operação durou 12 horas e deu à família a certeza de que a menina terá uma vida normal.

– Fiquei impressionada com a evolução da minha filha. Foram tantos anos esperando por essa cirurgia, e agora ela não tem mais crises, consegue interagir melhor com a gente. Estou muito feliz e vejo que ela também. Sei que minha filha terá a oportunidade de ter uma vida normal, como qualquer outra criança – comemora Eliane Vieira de Andrade, mãe de Maria Clara.

A cirurgia era o único caminho para melhorar a vida da menina e sua recuperação superou as expectativas da equipe médica do IEC.

– A Maria Clara apresentou uma melhora significativa nas crises após a cirurgia. Ela era uma criança que tinha crises graves diárias. Conseguimos perceber que a cirurgia trouxe uma qualidade de vida para a Maria Clara e para a família – explica Renata Jordão, médica neuropediatra do Centro de Epilepsia do Instituto Estadual do Cérebro.

Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer – Inaugurado em julho, o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer concentra tratamento neurocirúrgico de doenças do sistema nervoso central, como tumores, doenças vasculares e tratamento da doença de Parkinson, através do implante de Estimuladores Elétricos Cerebrais Profundos. São quatro salas cirúrgicas inteligentes com estrutura de videoconferência e capacidade de realizar cirurgias assistidas por sistema de neuronavegação, guiado por imagens geradas pela ressonância magnética, realizada dentro do próprio centro cirúrgico, na primeira sala híbrida pública do país.

O novo centro contará, ao final de todas as etapas, com mais de 200 leitos entre internação, UTI e estabilização. Nesta primeira fase, já estão prontos para funcionar 44 leitos de terapia intensiva, três dos quatro centros cirúrgicos e nove salas de ambulatório. O projeto recebeu cerca de R$ 80 milhões em investimentos em obras e equipamentos, feitos integralmente pelo Governo do Estado.

– Esse é um projeto pioneiro no Brasil e arrisco dizer que é a maior iniciativa dessa gestão do Estado do Rio de Janeiro. Há muitos centros no país, públicos e privados, dedicados ao coração, à ortopedia, ao câncer; mas esse é o primeiro dedicado exclusivamente ao cérebro. Hoje estamos começando a colocar o navio em movimento, iniciando pelo atendimento ambulatorial, teste dos equipamentos e, em 30 dias, faremos nossa primeira cirurgia. Nossa meta é 10 cirurgias por dia e 200 por mês, assim que estivermos em pleno funcionamento. E o que se encontra aqui, não está reunido em nenhuma outra unidade de saúde. É o estado da arte na neurocirurgia, o que fez que todos os melhores profissionais do Rio e até do resto do país pedissem para compor a nossa equipe – destaca o neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho.

Atendimento referenciado – A unidade não tem atendimento de emergência, o serviço é integralmente referenciado pela Central Estadual de Regulação. Após o primeiro diagnóstico de necessidade de neurocirurgia, o paciente será encaminhado via Central para realização de consulta para avaliação de exames e risco cirúrgico. O modelo de agendamento de consulta é o mesmo já utilizado no Rio Imagem – Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) do Governo do Rio. Cada município tem sua cota de consultas em um sistema online, de acordo com a sua população.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br

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