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Banco de Leite: solidariedade de mães ajuda na recuperação de bebês prematuros

Projeto do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes é referência no estado

A doação de leite de mães em bom estado de saúde tem ajudado na recuperação de bebês prematuros. Isso porque o leite materno é o único que, além de alimentar, possui anticorpos que protegem os recém-nascidos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Um exemplo deste trabalho vem do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (HEAPN), que conta com uma equipe que coleta o leite das mães internadas e na casa de doadoras, orienta sobre como fazer essa captação e realiza exames para assegurar a qualidade do leite. No Hospital de Saracuruna, entre 15 e 20 bebês recebem este leite todos os meses.

– O bebê recebe um leite que tem um componente imunobiológico maior. Ele não só alimenta a criança, mas funciona como uma vacina oral, porque tem uma série de fatores de defesa do organismo. Com leite materno, esse bebê tem uma resposta melhor ao tratamento e reduz sua internação hospitalar. Além, claro, de ganhar peso – explica a coordenadora médica do banco de leite, Lucila Bragantini Prata.

Mães que quiserem contribuir fazendo doações podem ligar para o Disque-Amamentação (21) 3675-0910. O estado conta atualmente com 17 bancos de leite.

Banco de Leite premiado – O Banco de Leite Humano Enfermeira Gilsara Bonfim, do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, colhe os frutos do trabalho sério que realiza na captação de doadoras de leite humano. Em 2009, o banco foi um dos homenageados na solenidade organizada pela Rede-Rio e pela Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.

A importância do leite materno – O leite humano é um alimento vivo, que funciona como uma vacina natural para o bebê, devido à grande quantidade de anticorpos que são transferidos de mãe para filho durante o ato da amamentação. Além de ter em sua composição propriedades nutricionais específicas para atender as necessidades do bebê, o leite materno atua no fortalecimento do sistema imunológico e é altamente eficaz na prevenção de doenças, como obesidade infantil e hipertensão.

– A amamentação traz incontáveis benefícios tanto para o bebê quanto para a mãe, atuando como uma poderosa ferramenta de prevenção ao câncer de mama. Além disso, o ato contribui para o estreitamento do vínculo afetivo entre mãe e filho – destaca Flávio Monteiro, obstetra da Secretaria de Estado de Saúde.

O primeiro passo para a amamentação bem sucedida é a pega correta do seio, que evita rachaduras e permite melhor sucção. Isso significa que o bebê deve estar posicionado de frente para o seio, com a barriga encostada na da mãe, e precisa estar com a boca bem aberta e, assim, abocanhar o máximo da aréola e não só o mamilo.

– Se começar a doer, é sinal de que o bebê não está corretamente posicionado. Ao contrário do que muita gente pensa, amamentação não dói – alerta o médico, que ensina que passar o próprio leite na aréola ao final da mamada é uma forma eficaz de se prevenir fissuras.

Há algum tempo, pregava-se que a mãe deveria amamentar o filho de três em três horas. Hoje, especialistas defendem uma maior flexibilidade dessa regra e acreditam que o seio pode ser oferecido com um intervalo menor de tempo ou sempre que o bebê solicitar – livre demanda. O parâmetro ideal para constatar se a criança está sendo adequadamente alimentada é o ganho de peso e a quantidade de fraldas sujas ao longo do dia – aproximadamente oito -, que demonstra se a criança está sendo corretamente hidratada.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro

http://www.saude.rj.gov.br

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