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Exercício do plano de emergência das usinas nucleares começa em 31 de agosto

O Exercício Geral do Plano de Emergência da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) – onde estão localizadas as usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, controladas pela Eletronuclear em Angra dos Reis (RJ) – será realizado nos dias 31 de agosto e 1º de setembro. Tendo como cenário a simulação de um acidente em Angra 2, permitirá avaliar a eficácia do plano, identificar possíveis pontos vulneráveis e aperfeiçoar os procedimentos. Mesmo baseado em uma situação fictícia, o exercício é uma mega operação que envolve entidades civis e militares e a população da região.

O quadro simulado inclui o risco de liberação de radiação para o meio ambiente e a decretação de situação de emergência. Parte dos residentes em um raio de cinco quilômetros em torno das usinas, incluindo habitantes das ilhas, será removida e abrigada em escolas estaduais, municipais e no Colégio Naval de Angra dos Reis. Eles foram convidados e participarão voluntariamente do exercício.

Exército, Marinha e Aeronáutica mobilizarão aeronaves, embarcações e veículos terrestres. Integrantes da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária organizarão o deslocamento de automóveis e pedestres. Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e unidades hospitalares auxiliarão no atendimento à população. Profissionais da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) – unidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – ficarão de prontidão para medir a radioatividade na região e monitorar pessoas que possam ter recebido doses de radiação.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República é o responsável pela coordenação do exercício, já que é o órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron). A organização detalhada das ações dos dias 31 de agosto e 1º de setembro foi realizada pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis (Copren/AR). O comitê reúne representantes do GSI, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Eletronuclear, Cnen, Defesa Civil (nacional, estadual e municipais de Angra dos Reis e Paraty), Corpo de Bombeiros e Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Rio de Janeiro.

No Brasil, nunca houve o registro de acidentes relevantes em usinas nucleares. Os exercícios do plano de emergência são uma evidência do cuidado extremo que a área nuclear possui em todas as suas ações. É justamente a preocupação de saber o que fazer, com competência e precisão, na remota hipótese de um acidente real.

No período de 1996 a 2010, foram realizados exercícios de resposta à emergência nuclear na CNAAA. Eles contaram com a participação de peritos e observadores nacionais e estrangeiros, incluindo integrantes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Essa troca de experiências já resultou na revisão de legislação do setor e tem permitido um aperfeiçoamento contínuo do plano de emergência.

FONTE: CNEN
http://www.cnen.gov.br/

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