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Médica do Instituto Estadual do Cérebro será a 1ª mulher da Área Clínica da Academia Nacional de Medicina

Monica Gadelha coordena ambulatório de neuroendocrinologista da unidade e será uma das 6 mulheres da ANM

O dia 20 de março de 2014 foi um dos dias mais importantes da vida profissional da neuroendocrinologista Mônica Gadelha. Foi nessa data que a coordenadora do serviço de neuroendocrinologia do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC) recebeu a notícia de que havia sido eleita membro titular da tradicional e prestigiada Academia Nacional de Medicina (ANM) na seção de Medicina (Área Clínica). Em 184 anos de existência da instituição, é a primeira vez que uma mulher é indicada a ocupar uma cadeira nesta seção.

A eleição se justifica quando conhecemos a trajetória de Mônica. Sempre muito próxima do serviço público de Saúde, ela se formou em Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1989. Começou a dar aulas na universidade em 1995, ano em que finalizou o mestrado também na instituição. Em 1996, deu início ao doutorado, finalizado em parceria com a University of Illinois, em Chicago. A médica retornou ao Brasil no fim de 1999 e, em 2013 foi convidada por Paulo Niemeyer Filho para assumir a coordenação do serviço de neuroendocrinologia do recém-inaugurado Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC).

Foi durante o mestrado que a médica conheceu o neurocirurgião.

– Quando comecei o mestrado eu já sabia que queria trabalhar com tumor hipofisário. Na época, o doutor Paulo já era uma referência nacional e internacional no tema. Fui até ele e pedi para acompanhar seus pacientes com este tipo de tumor. Ele foi generoso e permitiu. Assim começou nossa parceria, que já dura 21 anos – lembra Mônica, que também trabalhou por 20 anos no Instituto Estadual de Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE).

Tumores de hipófise – À frente do ambulatório de neuroendocrinologia, Mônica já encaminhou para cirurgia 100 pacientes com diferentes tumores da hipófise desde agosto de 2013, quando o IEC foi inaugurado. É um dos ambulatórios mais produtivos do Instituto e possui volume de cirurgias de nível mundial.

– Para os pacientes, o Instituto Estadual do Cérebro é realmente um presente. E não só para eles, mas também para os médicos, pois aqui nós temos ótimas condições de trabalho. Aqui, muitas vezes, temos recursos melhores do que no serviço privado. Conseguimos fazer o que já é possível em vários lugares do mundo. Na área de tumor hipofisário, temos estrutura para realizar todas as etapas de um diagnóstico impecável, além de neurocirurgiões com grande expertise neste tipo de cirurgia – analisa Mônica.

Para chegar à excelência do serviço, uma intensa rotina de trabalho é seguida por Mônica. O atendimento ambulatorial acontece às segundas, quartas e sextas-feiras durante todo o dia. Às quartas pela manhã são realizadas sessões multidisciplinares de discussão dos casos que estão em tratamento. Mônica e sua equipe fazem o acompanhamento clínico dos casos, incluindo diagnóstico, pré e pós-operatório. Todo o cuidado com os pacientes é recompensado:

– A família de um paciente fez uma carta muito bonita de agradecimento para nossa equipe. Eles se sentem muito valorizados e acolhidos aqui. O fluxo do tratamento funciona e isso dá tranquilidade a eles – avalia Mônica.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br

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