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SOS Reimplante, único programa do Rio de Janeiro, coleciona casos de sucesso

Programa do Hospital de Saracuruna completa quatro anos de funcionamento em dezembro

Os movimentos no dedo polegar reimplantado já tranquilizam o pedreiro Heleno do Nascimento, 36 anos, que passou por microcirurgia realizada em junho pela equipe especializada do SOS Reimplante, do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (Saracuruna), em Duque de Caxias. Centésimo paciente atendido pelo programa, Heleno agora comemora com a família o sucesso da difícil operação, realizada pelos profissionais do serviço, coordenado pela Secretaria de Saúde, que completa em dezembro quatro anos de funcionamento.

Até o momento, já foram atendidos 108 pacientes e realizadas 128 microcirurgias bem sucedidas.

– Fiquei feliz em saber que o Hospital de Saracuruna faz este tipo de operação. Na minha profissão, dependo muito deste dedo, para pegar ferramentas e realizar as minhas atividades. Estou muito confiante na minha recuperação – disse o paciente.

Único programa no estado do Rio a realizar cirurgias em amputados, o SOS Reimplante é coordenado pelo microcirurgião João Recalde, que em 2008, após reimplantar o braço de uma menina de 10 anos, foi convidado pelo secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, a organizar o serviço de atendimento, que atualmente tem média de quatro reimplantes por mês.

– Setenta e dois por cento dos casos de amputações que chegam ao hospital acontecem no ambiente de trabalho. Priorizamos crianças e jovens, porque têm uma capacidade de regeneração nervosa e recuperação articular muito melhor do que a de um adulto – afirmou Recalde.

O menino Ryan Carlos Santos, 3 anos, sofreu grave acidente em uma padaria quando tinha apenas 1 ano e quatro meses. Morador de Campos, ele foi transferido às pressas para o Hospital de Saracurna, com o apoio do Corpo de Bombeiros. A rapidez do grupamento e o atendimento de qualidade realizado fizeram com que Ryan tivesse parte da mão reimplantada. O garoto passará por nova cirurgia para aprimorar o movimento da mão.

– Não imaginava que havia esta equipe qualificada no hospital. Devo tudo a Deus e a este programa – disse a mãe, Carla Ribeiro, 38 anos.

Equipe especializada – Duas equipes trabalham em regime alternado para garantir eficiência ao socorro emergencial. Cada grupo de profissionais é formado por um microcirurgião, dois assistentes, um anestesista, um ortopedista e um instrumentador.

Os amputados que chegam à emergência do Hospital de Saracuruna são direcionados ao SOS Reimplante ou transferidos, caso estejam em outra unidade hospitalar, por meio do suporte da Central de Regulação da Secretaria de Saúde.

– Uma das equipes vem quando recebe a informação de que há uma emergência. Normalmente a chegada dos profissionais é quase que simultânea com o paciente, que está sendo transferido para o Saracuruna, por exemplo – disse Recalde.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro

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