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Into faz pesquisa genética sobre escoliose

Pesquisa envolverá 600 voluntários e tem como foco o processo de instalação e progressão da doença que deforma a coluna de crianças e adolescentes

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) iniciou uma pesquisa de suscetibilidade genética sobre escoliose idiopática. De causa indefinida, a doença que encurva a coluna vertebral, é o tipo mais frequente diagnosticado por ortopedistas. O estudo está em fase de coleta de saliva para análise do DNA e contará com a participação de 600 voluntários.

Intitulada “Estudo da suscetibilidade genética à escoliose idiopática em brasileiros”, a pesquisa é a primeira no Brasil que correlaciona diferentes formas de apresentação clínica da escoliose com o perfil genético de indivíduos brasileiros. O coordenador da pesquisa, o ortopedista Luiz Cláudio Schettino, explica que o estudo consiste em identificar fatores genéticos que influenciam no processo de instalação e de progressão da escoliose idiopática, que é mais prevalente em crianças e adolescentes em fase de crescimento. “A escoliose idiopática representa 80% dos casos de escoliose diagnosticados por especialistas em coluna em todo o mundo. A causa é ainda um mistério. Queremos entender por que algumas pessoas apresentam a forma branda e, em outras, a doença evolui tão rápido”, explicou Schettino.

O tratamento da escoliose é baseado no comportamento e na forma natural que a doença se desenvolve. O diagnóstico é feito a partir da eliminação dos outros 69 tipos de escoliose que formam 20% dos casos conhecidos na medicina. Tem indicação cirúrgica a partir da medida de 45 graus de curvatura da coluna, identificada nas regiões lombar e torácica em avaliação clínica pelo ortopedista. Na cirurgia, uma prótese é fixada com o uso de pinos e parafusos ortopédicos, combinados com hastes e conectores para acertar a deformidade trazendo a coluna de volta à posição anatômica de alinhamento. Também são utilizados enxertos ósseos do próprio paciente ou de doadores de ossos para fixar a correção da coluna.

A previsão é que o estudo seja concluído em três anos. Após validar os resultados, a expectativa de Schettino é que o Instituto tenha condições de desenvolver no futuro um teste genético para identificar precocemente quais pacientes têm mais riscos de desenvolver a escoliose idiopática e poder atuar de forma preventiva na doença.

FONTE: Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br

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