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Refeições divertidas animam a hora da comida no Hospital Albert Schweitzer

O projeto de dar uma nova cara às refeições servidas aos pacientes, tornando-as mais atraentes e aceitáveis, começou pelo setor de internação infantil do HEAS e a ideia é estendê-lo para toda a rede estadual

refeicoes divertidas“Bota aí, tia. A comida daqui é muito gostosa!”. Com essa empolgação, Kaio Vinícius Cardoso, de apenas 4 anos, começava mais um almoço na enfermaria infantil do Hospital Estadual Albert Schweitzer (HEAS), em Realengo. Após passar um período no CTI da unidade por conta de complicações de uma lesão no fígado, o menino foi um dos primeiros pacientes a experimentar a nova alimentação servida no hospital, que agora conta com carinhas divertidas na comida e adesivos coloridos nas embalagens. “Ih, olha ali a boquinha do arroz!”, mostrava ele, encantado, referindo-se a um pedacinho de tomate que decorava o montinho de arroz.

O projeto de dar uma nova cara às refeições servidas aos pacientes, tornando-as mais atraentes e aceitáveis, começou pelo setor de internação infantil do HEAS e a ideia é estendê-lo para toda a rede. A escolha por começar pela pediatria não foi aleatória. Os pacientes infantis são os que costumam se adaptar menos e a ter mais resistência à comida dos hospitais. No HEAS, são servidas por mês cerca de 1.350 refeições no novo formato.

– Constatamos que pequenas e significativas mudanças na forma de dispor os alimentos poderiam ajudar a estimular os pacientes a comer melhor. Não mudamos nada nas receitas, só criamos uma forma mais interessante de arrumar a comida – explica a nutricionista do Projeto de Hotelaria Hospitalar e Gestão do Cuidado da Secretaria de Estado de Saúde, Francilene Almeida.

Forminhas divertidas que dão literalmente cara nova a arroz e legumes, embalagens diferenciadas – as de alumínio foram trocadas por versões em isopor, que conservam melhor a temperatura e facilitam o manuseio – e adesivos de super heróis que variam se o paciente for menino ou menina fazem parte das novidades.

– A nossa experiência tem mostrado que isso ajuda na recuperação dos pacientes. A criança está internada, fora da casa dela, o horário das refeições em geral não é o mesmo de casa. Essa situação facilita a recusa de qualquer coisa. Além disso, muitas já têm dificuldade em se alimentar no dia a dia. Mudar a disposição dos alimentos e dar uma cara mais divertida é a forma que pensamos para amenizar esse problema – conta Francilene.

Ao ver o carrinho com a refeição da avó, servida em uma quentinha de alumínio, o menino Alan Araújo, de quatro anos, se adiantou e pediu que aquela fosse a sua, pois preferia a embalagem menor. Mas ao ver a sua refeição embalada com adesivo colorido, logo mudou de ideia.

– Em casa ele come muito bem, inclusive salada. Mas aqui percebi que depois que a comida passou a ser servida dessa maneira, ele aceita melhor. Assim que recebe a embalagem, tira os adesivos e começa a brincar, cola na cama, na parede. Assim fica mais fácil dar comida a ele – conta a avó, Sonia Reis, que está acompanhando o menino, vítima de celulite infecciosa, no hospital.

Apesar da recusa inicial, Alan comeu toda a refeição e ficou animado quando soube que na hora do lanche seria servido cupcake com cobertura de jujuba.

– Humm, adoro o bolinho! – comemorou o menino.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br

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