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Quase um transplante por dia: Centro Estadual faz hoje a 50a. cirurgia em apenas dois meses

A expectativa é a de que a operação dure entre seis e sete horas e vai envolver 13 profissionais, sendo seis cirurgiões, dois anestesistas, três instrumentadores, um nefrologista e um hepatologista. Serão transplantados rim e fígado em um mesmo paciente

b_800_600_0_00_images_stories_ASCOM_CET-saoFrancisco-primeiroTransplante__MG_0612web2O Centro Estadual de Transplantes (CET) está alcançando duas marcas importantes na manhã desta sexta-feira (26): a realização de 50 transplantes desde sua inauguração, em 21 de fevereiro deste ano, e o primeiro transplante simultâneo de rim e de fígado. Com esta cirurgia, o CET alcança a proporção de quase um procedimento por dia. No período, foram realizados 32 transplantes de rins e 18 de fígado.

O paciente Gilberto Tadeu Pereira da Silveira, de 64 anos, estava aguardando há dois anos pelo transplante duplo e foi um dos primeiros pacientes a se cadastrar para ser acompanhado pelo Centro Estadual de Transplantes. Portador de cirrose hepática e de insuficiência renal grave, Gilberto chegou a ser internado por duas vezes no CET, para tratar complicações causadas pelas doenças. O doador dos órgãos foi um adolescente de 17 anos, que morreu durante a madrugada, no Rio de Janeiro, vítima de traumatismo craniano. Foram captados os rins e o fígado do paciente pelo Programa Estadual de Transplantes. Após os exames de verificação de compatibilidade, Gilberto Tadeu foi chamado para a cirurgia.

De acordo com o coordenador do serviço de fígado do CET, o cirurgião Lúcio Pacheco, a operação dupla começou às 11h e inicialmente será realizada a substituição do fígado. Após esse procedimento, o rim será transplantado. A expectativa é a de que a operação dure entre seis e sete horas e vai envolver 13 profissionais, sendo seis cirurgiões, dois anestesistas, três instrumentadores, um nefrologista e um hepatologista. O coordenador explicou que o transplante duplo era a melhor indicação médica para o caso de Gilberto Tadeu, uma vez que se fosse feito apenas um dos transplantes, o paciente teria que continuar em tratamento.

– Eu e toda a equipe estamos muito felizes por finalmente termos no Rio de Janeiro um serviço público de transplantes que funciona e responde à toda necessidade dos pacientes e dos médicos. Estamos com uma produtividade excelente e o Governo do Estado nos dá todo o suporte para ampliarmos ainda mais – comemora Lúcio Pacheco, que também é vice-presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Rápida resposta do Governo do Estado para suprir transplantes – O Centro Estadual de Transplantes foi a primeira unidade da Secretaria de Estado de Saúde dedicada à realização de transplantes de fígado e rins – neste primeiro momento – e depois, pâncreas. Até então, apenas hospitais federais, universitários e conveniados eram credenciados como unidades transplantadoras. O serviço funciona no Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, e tem centro cirúrgico, com cinco salas e aparelhos de ponta para realizar cirurgias de alta complexidade, UTI, e ambulatório, num investimento de R$ 3 milhões.A meta inicial do Centro Estadual de Transplantes é chegar a 300 transplantes este ano, incluindo rim, fígado e pâncreas. Em seguida, o plano é oferecer um crescimento progressivo desse quantitativo.

O estado registrou nos últimos dois anos o maior avanço nacional na área de doação de órgãos. Em 2010, o Rio de Janeiro ocupava a lanterna no país na área, pulando para a atual 3º posição no ranking. Em 2011, houve um crescimento de 50% no número de doadores em relação a 2010, chegando a 121. Em 2012, foram 221 doadores e a meta para 2013 é superar 250 captações. O  principal empecilho aos aumento das captações é a negativa familiar em permitir a doação.

Hospital da Criança – Esta semana também há o que comemorar no que se refere aos transplantes pediátricos. O Hospital Estadual da Criança, inaugurado há pouco mais de um mês e habilitado a realizar transplantes há apenas 25 dias, já realizou três transplantes em crianças. O menino A.L.R.O, de 11 anos, recebeu um rim captado pelo PET na quarta-feira, sendo o primeiro trasplante renal da unidade. A.L.R.O está internado na UTI e passa bem. O primeiro transplante de fígado no Hospital Estadual da Criança foi realizado em 03 de abril. O menino Natan recebeu parte do órgão de seu pai, Ubiratan Tonaso. No último dia 17, foi realizado o segundo transplante de fígado na unidade. A paciente Milena Flávia do Nascimento, de 2 anos e 4 meses, recebeu parte do fígado de sua mãe, Mirian Conceição do Nascimento, após uma espera de quase dois anos pelo procedimento. A cirurgia da menina, que tinha cirrose hepática por conta de uma atresia das vias biliares, foi um sucesso.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro

http://www.saude.rj.gov.br

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